CARGAS ESPECIAIS
OBTENÇÃO DE AET
TAXAS E TARIFAS
LEGISLAÇÃO
  - Guia para elaboração do projeto
  - Cargas e veículos que precisam de AET
  - Guia p/ obtenção AET no DNIT
  - Guia p/ obtenção AET no DER/SP
  - Guia p/ obtenção AET na CET/SP
  - Guia p/ obtenção AET no DER/RJ
  - Guia p/ obtenção AET na CET/RJ
  - Guia p/ obtenção AET no DER/MG
  - Guia p/ obtenção AET no DER/ES
  - Guia p/ obtenção AET no DAER/RS
  - Guia p/ obtenção AET no DER/PR
  - Guia para obtenção de AET em SC
  - Como é o preenchimento da AET
  - Demais órgãos que exigem AET
  - Taxas para expedição de AET
  - Tarifas pelo uso da via (TUV, TAP)
  - Tarifas acomp. concessionárias SP
  - Tarifas CET/SP e Concessionárias
  - Tarifas no SAI
  - Taxas de Escolta Policial
  - Tarifas de pedágio
  - Limites p/ inversão de pista no SAI
  - Outros preços (referenciais)
  - Resolução 11/04 do DNIT
  - Portaria 22/10 do DER/SP
  - Portaria 05/82 da CET/SP
  - Instr. Normativa 11/94 DER/PR
  - Instr. Normativa 63/07 DAER/RS
  - Resolução SMTR 1826 - CET/RJ
  - Resolução 210/06
  - Artigo 101 do CTB

AET - Autorização Especial de Trânsito
Conteúdo
SOBRE CARGA EXCEDENTE E AET
  O que é carga indivisível
  O que é carga excedente
  O que é veículo especial
  O que carga indivisível composta
  O que é AET
  Cargas que precisam de AET
  Como é o requerimento da AET
  Preenchimento AET DER/SP
  Preenchimento AET DNIT
  Documentos necessários
  Órgãos que emitem AET
  Prazos para concessão da AET
  Tipos de AET
  Resumo dos requisitos DER/SP
  Resumo dos requisitos DNIT
PESOS E LIMITES LEGAIS
  Pesos Lei da Balança - CONTRAN
  Dimensões regulamentares
  Pesos para cargas especiais
  Pesos permitidos para guindastes
ROTEIRIZAÇÃO
  Como é a Roteirização
  Condição das rodovias por UF
  Rodovias Concessionadas - pedágio
  Condição das rodovias federais
  Principais ligações
  Rodovias com Pesagem
  Postos da PRF
  Polícias Rodoviárias Estaduais
  Rodovias Federais Delegadas
  Rodovias com Restrição
  PNV ACRE 2013
  MAPA ACRE
  PNV ALAGOAS 2013
  MAPA ALAGOAS
  PNV AMAPÁ 2013
  MAPA AMAPÁ
  PNV AMAZONAS 2013
  MAPA AMAZONAS
  PNV BAHIA 2013
  MAPA BAHIA
  PNV CEARÁ 2013
  MAPA CEARÁ
  PNV DISTRITO FEDERAL 2013
  MAPA DF
  PNV ESPÍRITO SANTO 2013
  MAPA ESPIRITO SANTO
  PNV GOIÁS 2013
  MAPA GOIÁS
  PNV MARANHÃO 2013
  MAPA MARANHÃO
  PNV MATO GROSSO 2013
  MAPA MATO GROSSO
  PNV MATO GROSSO DO SUL 2013
  MAPA MATO GROSSO DO SUL
  PNV MINAS GERAIS 2013
  MAPA MINAS GERAIS
  PNV PARÁ 2013
  MAPA PARÁ
  PNV PARAIBA 2013
  MAPA PARAÍBA
  PNV PARANÁ 2013
  MAPA PARANÁ
  PNV PERNAMBUCO 2013
  MAPA PERNAMBUCO
  PNV PIAUÍ 2013
  MAPA PIAUÍ
  PNV RIO DE JANEIRO 2013
  MAPA RIO DE JANEIRO
  PNV RIO GRANDE DO NORTE 2013
  MAPA RIO GRANDE DO NORTE
  PNV RIO GRANDE DO SUL 2013
  MAPA RIO GRANDE DO SUL
  PNV RONDÔNIA 2013
  MAPA RONDONIA
  PNV RORAIMA 2013
  MAPA RORAIMA
  PNV SANTA CATARINA 2013
  MAPA SANTA CATARINA
  PNV SÃO PAULO 2013
  MAPA SÃO PAULO
  PNV SERGIPE 2013
  MAPA SERGIPE
  PNV TOCANTINS 2013
  MAPA TOCANTINS
ESCOLTA
  Tabela de Escolta DNIT/PRF
  Tabela de Escolta DNIT/PRF - Eólica
  Tabela de Escolta DER-SP
  Tabela de Escolta DER-PR
  Tabela de Escolta DAER-RS
  Tabela de Escolta DER-RJ
  Legislação da PRF
  Legislação do DER-SP
LEGISLAÇÃO
  Rodovias Federais
  Rodovias Paulistas
  Vias Municipais de São Paulo
  Rodovias Paranaenses
  Rodovias Gaúchas
  Vias Municipais
OPERAÇÃO
  Concessionárias de energia elétrica
  Acionamento da Escolta Policial
  Programação de travessia
  Placa de Sinalização dos Veículos
  Tolerâncias na fiscalização da AET
  Horários de trânsito
  Trânsito Noturno
  Pesagem de cargas especiais
  Acompanhamento de travessias
  Limites para bloqueio SAI
  Sinalização especial Autoban
  Remoção cancela praça de pedágio
TAXAS E TARIFAS
  Taxas para expedição de AET
  Cálculo da TUV
  Cálculo da TAP
  Cálculo da TAP no SAI
  Tarifa de Concessionárias SP
  Pedágio
VEÍCULOS
  Tipos de Veículos especiais
  Características dos Veíc. especiais
  Como é o Dimensionamento
PROBLEMAS COM FISCALIZAÇÃO
  Placa de sinalização bipartida
  Pára-choque em linha de eixo
  Placa veic. traseira linha de eixos
  Falta de pára-barro
  Carga com 2 ou mais unidades
  Falta de plaqueta tara e lotação
OUTROS TIPOS DE AET's
  AET para Guindastes
  AET para Produtos Siderúrgicos
  AET para Cegonheiras
  AET Contêineres High Cube
  Transporte de Rochas
   Tanques c/ excesso de 5% no PBT
   Veíc. com Dimensões Excedentes
   CVC's - Rodotrem e Treminhão

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Artigo: "O que você precisa saber sobre a resolução 164 do CONTRAN e a dispensa de AET para bitrem"

A resolução do Contran 164, editada no último dia 10 de setembro e que dispensa a AET para veículos com até 57 toneladas, gerou polêmica entre setores de fiscalização das rodovias. Mas veja a análise sobre o assunto, feita pelo engenheiro de transportes, João Batista Dominici:

1. Estudos realizados pelos DER’s de São Paulo e do Rio Grande do Sul comprovaram o baixíssimo impacto dessas combinações sobre pontes e pavimentos;

2. A resolução 164 do CONTRAN não altera nenhum aspecto da resolução 12/98 do CONTRAN. Não foram alterados limites de pesos ou dimensões ou dispensadas exigências para os demais veículos e condições. O que ela acaba é com a exigência de AET para bitrem, mais precisamente para as combinações de até 57 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC) e que atendam a requisitos como máximo de 7 eixos, comprimento mínimo de 17,5 metros e máximo de 19,8 m, unidade tratora do tipo cavalo mecânico e acoplamento com pino rei e quinta roda.

3. A dispensa da AET para bitrem, determinada pela resolução não é uma vitória dos caminhoneiros contra os DER’s ou contra as estradas, mas sim uma vitória contra a burocracia;

4. Segundo o ministro Luiz Fernando Furlan, o Brasil desperdiça 5% do Produto Interno Bruto (PIB), ou US$ 25 bilhões, por conta da burocracia do setor público;

5. A AET, do ponto de vista de alguns órgãos públicos, serve apenas para duas coisas: alimentar a fúria arrecadadora do estado e transferir responsabilidades: se algo acontecer e o veículo estiver portando uma AET, não é problema nosso;

6. Uma empresa proprietária de bitrem com atuação nacional precisa requerer, atualmente, pelo menos, 15 AET’s se quiser rodar em todo o território brasileiro;

7. As exigências variam de órgão para órgão, assim como as taxas que vão de R$ 0,00 (SC) a R$ 365,00 (RJ), confira aqui>>>;

8. Para obter todas essas AET’s, a empresa vai precisar desembolsar entre taxas e serviços de despachantes mais de R$ 2.500,00 por caminhão e esperar não menos que um mês para ter todos os documentos e poder utilizar sua frota;

9. A exigência dessa medida meramente burocrática desviou, apenas em 2004, mais de R$ 40 milhões dos caminhoneiros, valor que poderia ter sido utilizado para renovação de frota, cuja idade no Brasil anda em torno de 17 anos;

10. Na prática, AET para bitrem serve para uma porção de coisas, menos para exercer qualquer tipo de controle sobre o uso das rodovias pelos bitrens já que, exceto em um ou dois estados, as AET’s são concedidas sem quaisquer restrições de rotas ou de horários (confira aqui AET do DNIT, DER/PA, DER/MS e AGETOP/GO);

11. O grande mérito da resolução 164 é que ela propicia a troca de providências meramente burocráticas por providências efetivas de controle da circulação dessas e de outras combinações, determinando aos órgãos providências de levantamento, regulamentação e sinalização dos trechos de rodovias com limitação de capacidade portante, portanto, impróprios para circulação dessas composições que pelas regras atuais estavam totalmente liberados;

12. É óbvio que em alguns estados nem toda a malha rodoviária está apta a circulação de bitrens, como de algumas combinações normalmente liberadas para livre circulação. Não obstante a responsabilidade por vistoriar, identificar e sinalizar esses trechos e definir rotas preferenciais para os veículos mais pesados, principalmente considerando a necessidade de escoamento da produção agrícola e industrial, é indiscutivelmente do poder público;

13. Prova disso é, com efeito, o lançamento nos próximos dias de um edital de licitação" pelo Ministério dos Transportes para instalação de pelo menos 60 postos de pesagem nas rodovias federais, sendo que metade delas até o fim do ano;

14. Com a dispensa da AET, paradoxalmente, melhora-se o controle das rodovias, já que os órgãos serão obrigados a vistoriá-las, proceder a identificação de possíveis trechos com problemas, regulamentá-los e sinalizá-los;

15. Os órgãos têm até o dia 15 de dezembro de 2004 para levantarem, regulamentarem e sinalizarem os trechos de rodovias com possíveis restrições de capacidade portante;

16. Ao contrário do que parece, a maioria dos órgãos rodoviários estão aceitando bem a dispensa da AET para bitrem e começam a se mobilizar através da ABDER para tomarem as providências necessárias ao cumprimento da resolução;

17. As providências a serem tomadas são relativamente simples, limitando-se à identificação de possíveis pontos com limitação de capacidade portante, sinalização do local com placa de Regulamentação R-14 (carga máxima permitida) devendo, quando a restrição for aplicada em local onde não houver alternativa, ser antecedida por placas de Advertência do tipo A46, informando que à frente há limitação de peso bruto total e, ainda, quando for o caso placas indicativas e de orientação;

18. A partir, portanto de 16 de dezembro de 2004, os bitrens passam a ter sua circulação limitada, como os demais veículos, apenas pelas restrições efetivamente presentes na rodovia;

19. O bitrem reduz em 34% o consumo de combustível e em 40%, o consumo de pneus;

20. As hidrovias e ferrovias existentes no país respondem por apenas 25% das necessidades de transporte da produção agrícola e enquanto isso não mudar o uso de composições como o bitrem será fundamental para minimizar a nossa desvantagem logística com relação aos nossos principais competidores;

21. Segundo Arnaldo de Oliveira Barreto, diretor de infra-estrutura e serviços da CODESP, 73% das cargas que chegam ao Porto de Santos, vêm de caminhão;

22. Mesmo com a forte utilização desse tipo de composição o custo de transporte da soja da porta da fazenda até o porto é, ainda, U$ 15 mais cara no Brasil do que nos E.U.A.

23. Composições como o bitrem não são uma invenção brasileira (tem uso regular na Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá), mas são um imperativo para o Brasil, pelo menos enquanto não se consolidarem investimentos em ferrovias e hidrovias;

24. Lamentavelmente a burocracia é uma coisa insidiosa e cultural sendo na maior parte das vezes e, paradoxalmente, defendida até por aqueles que, de modo geral a combatem: se perguntarem ao engenheiro Francisco Carlos Barreto, do Instituto de Engenharia de São Paulo, que considerou em reportagem da Folha de São Paulo temerária a dispensa da AET para bitrem ele vai dizer de pronto que é contra. Porém, ao defender a manutenção de AET para bitrem sem saber efetivamente para o que ela serve e que na prática não passa de um ato burocrático, ajuda inadvertidamente a manter esse monstro que devora o Brasil.

25. Isso mostra que todo mundo é contra a burocracia, exceto na hora de acabar com ela.

*João Batista Pinheiro Dominici é engenheiro civil, especializado em trânsito e transporte

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