Volvo contrata presidente e CEO global da Scania

Publicado em
24 de Abril de 2015
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Martin Lundstedt assumirá o cargo em outubro no lugar de Olof Persson

Martin Lundstedt (esquerda) assumirá a presidência global do Grupo Volvo no lugar de Olof Persson (direita)
O presidente e CEO global da Scania, Martin Lundstedt, aceitou deixar a empresa, onde trabalha há mais de 20 anos e desde 2012 neste cargo, para assumir a mesma função no Grupo Volvo a partir de outubro, em substituição a Olof Persson, que deixará o cargo após 4 anos por decisão do conselho de administração da companhia. Até que o novo CEO assuma, o CFO do Grupo Volvo, Jan Gurander, será o presidente e CEO interino.

“Após três anos com foco na renovação de produtos, eficiência interna e de reestruturação, o Grupo Volvo está gradualmente entrando em uma nova fase, com novo foco, intensificado no crescimento e no aumento da rentabilidade. Este objetivo será atingido por meio de uma maior liderança de nossas marcas, fortes ativos e trabalhadores engajados e qualificados em todo o mundo", diz Carl-Henric Svanberg, presidente do conselho do Grupo Volvo. “Martin Lundstedt tem 25 anos de experiência de desenvolvimento, produção e vendas na indústria de veículos comerciais. Ele também é conhecido por seu estilo de liderança vencedora”, completa o executivo.

Por sua vez, Martin Winterkorn, CEO do Grupo Volkswagen e também presidente do conselho de administração da Scania disse: “Respeitamos a decisão de Martin Lundstedt em deixar a empresa e gostaria de agradecê-lo por seus esforços bem-sucedidos para desenvolver e reforçar a forte posição da Scania no mercado durante seus anos como presidente e CEO”, disse.

Per Hallberg, vice-presidente executivo, diretor de produção e logística da Scania foi nomeado presidente e CEO interino, que acumulará suas responsabilidades atuais na montadora.

BASTIDORES

O anúncio da substituição de Olof Persson por Martin Lundstedt foi feito por Carl-Henric Svanberg na quarta-feira, 22, durante a divulgação do balanço financeiro do Grupo Volvo para o primeiro trimestre. Durante o seu mandato de quatro anos, Persson foi criticado por não deter a erosão das margens de lucro, apesar de um programa de corte de custos equivalente a US$ 1,1 bilhão entre 2012 e 2015, que, até agora, soma algo como US$ 715 milhões, incluindo cerca de 4 mil cortes de empregos em todo o mundo.

“A diretoria chegou à conclusão de que estamos bem servidos por alguém com mais experiência na indústria de caminhão”, disse Carl-Henric Svanberg em entrevista ao jornal The Wall Street.

Ainda de acordo com a publicação, Svanberg minimizou o foco de seu discurso sobre o corte de custos e margens e disse que a Volvo terá que se concentrar em obter de todas as divisões do grupo a fim de caminhar na mesma direção.

“Você não pode alcançar a liderança mundial por meio de cortes de custos sozinho. É preciso habilidades de liderança para intensificar a energia dentro de uma organização. Você tem que ter uma visão clara e pessoas dentro da organização com necessidade de se sentir e isso é o que tentamos realizar”, acrescentou.

O Wall Street Journal reporta também que o executivo disse não ter havido maiores problemas entre o conselho e Persson sobre sua saída e reforçou que a empresa espera cumprir seu plano de corte de custo até o fim do ano, apesar dos US$ 715 milhões estar longe desta meta.

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