As vendas de caminhões continuam sustentando alta acima dos 40%, superando as projeções para 2019 de fabricantes e distribuidores, na casa dos 15% para o ano todo. De acordo com dados de emplacamentos do Renavam divulgados pela Fenabrave (associação dos concessionários) na quinta-feira, 2, de janeiro a abril foram vendidos quase 30 mil (29.866) veículos pesados de carga no País, o que revela crescimento expressivo de 43% sobre o mesmo período de 2018.
Com mais dias úteis do que março (21 contra 19), abril também foi um mês de forte expansão nos emplacamentos de caminhõesnovos, somando 8.849 unidades, número 11,3% acima do mês anterior e 36,4% maior do que o registrado em abril do ano passado.
Se não houver grandes variações para cima ou para baixo, o volume de emplacamentos de caminhões registrado até o fim do primeiro quadrimestre aponta para a venda em torno de 90 mil unidades até o fim de 2019, o que seria o melhor resultado desde 2015 e representaria crescimento pouco maior que 18%, ou três pontos porcentuais superior ao prognóstico de 15% da Fenabrave e da Anfavea (a associação dos fabricantes).
Ambas as entidades sustentam que a tendência é de desaceleração do porcentual de crescimento do mercado de caminhões, pois foi no segundo semestre do ano passado que as vendas começaram a empinar, assim a base de comparação será mais forte do que a vista até agora.
Desde a metade de 2018 até agora o agronegócio sustenta a alta do mercado brasileiro de caminhões, com a compra de modelos extrapesados para renovar a frota e reduzir custos dos transportadores, o que fez o segmento crescer isoladamente quase 70%. A ampliação da oferta de crédito com juros baixos também por bancos privados ajuda a manter aquecidas as vendas do segmento, até 2015 muito dependentes da linha subsidiada Finame/BNDES. Contudo, os outros segmentos de transporte de carga ainda não demonstraram a mesma recuperação e puxam para baixo o desempenho geral.