VANTs no combate ao roubo de veículos de carga

Publicado em
08 de Junho de 2017
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Considerado o oitavo país mais perigoso para se transportar carga, segundo dados divulgados em março deste ano, pelo comitê do setor de cargas no Reino Unido (Joint Cargo Committee), o Brasil teve em 2016, prejuízos que ultrapassaram mais de R$ 1,4 bilhão. Para que índices como esses sejam combatidos, o uso da tecnologia é fundamental e os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) começam a ser utilizados em todo o mundo como a mais nova arma no combate a esse tipo de crime.
 
Na Europa, a Espanha já se antecipa, autorizando uma empresa de transporte de valores a utilizar VANTs no monitoramento das remessas. Em Portugal, empresas do setor de transportes só aguardam a legislação que implementará o uso da tecnologia para que os dispositivos aéreos passem a operar dentro do setor de cargas.
 
No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), aprovou recentemente, no dia 2 de maio, o regulamento especial para utilização de aeronaves não tripuladas. O objetivo é tornar viáveis as operações desses equipamentos, preservando-se a segurança das pessoas. A instituição das regras também contribuirá para promover o desenvolvimento sustentável e seguro para o setor.
 
Com a regulamentação em vigor, empresas do segmento de transportes de cargas começam a investir no uso de VANTs para acompanhar seus veículos, monitorando embarque, trajeto e desembarque da carga, 24 horas e em tempo real. E um dos recursos que podem ser aplicados nos VANTs é o de poder fazer o reconhecimento de paradas não programadas para identificar rotas fora do itinerário.
 
A força do VANT 200FH
 
Equipados com diferentes sensores, que podem ser usados para capturar uma impressionante variedade de dados, VANTs como o 200FH, da empresa brasileira FT SISTEMAS foi projetado para uso Dual, podendo ser utilizado para cumprir missões de Defesa, Segurança Pública, bem como variadas aplicações para o mercado civil, como no agronegócio e infraestrutura.
 
O 200FH foi desenvolvido para aplicações que demandam imageamento em tempo real. Seus sensores estabilizados eletro-ópticos e/ou IR são ideais para cobrir missões de segurança, defesa e inspeções detalhadas. As torretas giroestabilizadoras detectam, reconhecem, identificam e perseguem alvos de interesse. O helicóptero foi concebido para que seus dados geospaciais permitam mostrar o histórico de eventos e a montagem de cenários futuros, possibilitando assim, agir com antecipação no combate a qualquer violação ou irregularidade ligada às fronteiras ou centros urbanos.
 
Seus sistemas exclusivos de pilotagem, navegação (FTSmartFly®) e de contingências (FTSafeFly®), garantem a pilotagem totalmente automatizada e, para situações que necessitem o acionamento de medidas  de contingências, está preparado para casos que demandem identificação de situações de risco, degradação de comunicações e pouso seguro.
 
O 200FH reúne as mais avançadas tecnologias aeronáutica, micromecânica, sistemas propulsivos e sensores embarcados de alta performance, possuindo exclusivo sistema de navegação, pilotagem automática e sistemas de contingências, resultado da tecnologia que a FT Sistemas vem desenvolvendo nos últimos 10 anos para atendimento aos requisitos das Forças Armadas Brasileiras e de clientes privados. Nesse projeto foram investidos mais de R$ 9 milhões.
 
“Os VANTs vieram pra ficar e seu uso na segurança pública ou na segurança de transportes de cargas e valores será um marco nos próximos anos”, afirma Nei Brasil, CEO da FT Sistemas. “O helicóptero pode, em situações de emergência, como uma tentativa de roubo da carga, monitorar e filmar toda a ação, possibilitando que a empresa acione suas equipes de segurança e a polícia no resgate”, frisa.
 
Roubos de cargas em 2017
 
De acordo com dados divulgados em março deste ano, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os roubos de carga custaram, entre 2011 e 2016, cerca de R$ 6,1 bilhões à economia brasileira. Um caminhão é roubado a cada 23 minutos em todo o território nacional. São perdas que equivalem a R$ 3,9 milhões por dia.
 
Em 2011 o número de registro de roubos de cargas era de 12 mil. No ano passado, foram registrados 22 mil casos de veículos de carga roubados, um aumento de 86%. As consequências do crescimento desse crime têm sido o encarecimento dos seguros, taxas extras cobradas pelas transportadoras e repasse dos custos ao consumidor. Em 2016, foram 4.056 casos acima do registrado em 2015. O Rio de Janeiro registrou 2.637 casos e São Paulo 1.453 casos a mais que no ano passado.

 

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