Uso do modal pode evitar o esgotamento da BR-163

Publicado em
25 de Fevereiro de 2014
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O transporte hidroviário de grãos pelo rio Tapajós não vai trazer apenas ganhos de frete, segurança e menos poluição. Será também crucial para impedir o esgotamento da BR-163 após o seu asfaltamento completo, algo que o governo federal promete agora via concessão para até o fim de 2015. Em um cenário de estrada boa, o fluxo de caminhões tende a aumentar muito.

A estimativa da Atap, associação que reúne as empresas dos terminais privados em Miritituba, é de que em seis anos passem a transitar até 2 milhões de carretas por ano na rodovia federal - entre ida e volta - para movimentar os 40 milhões de toneladas de grãos previstos pelo setor. "Isso corresponderá a 5.479 carretas por dia ou 1 carreta a cada 15 segundos na BR-163", diz Kleber Menezes, presidente da entidade.

A Cargill conhece bem o problema. Quando se instalou em Santarém, um dos "ruídos" com a comunidade foi o aumento de trânsito com caminhões. A BR-163 corta a cidade e termina, literalmente, na entrada do porto. De acordo com Clythio Van Buggenhout, diretor de portos da Cargill, o governo federal pretende fazer uma concessão para a duplicação dos 12 últimos quilômetros da rodovia, de modo a criar uma via dedicada ao porto. "Se não tiver uma via para carreta, o conflito socioambiental sera inevitável", diz o executivo.

Além dos grãos, a Companhia Docas do Pará quer licitar um terminal para fertilizantes, otimizando o retorno de caminhões que desembarcam no terminal. Outra alternativa defendida pelo governo é escoar 60% da produção da Zona Franca de Manaus por Santarém para atender o Centro-Sul.

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