Transporte tem déficit de mão de obra

Publicado em
26 de Abril de 2010
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Com a safra recorde de grãos prevista para o Paraná e o crescimento da indústria - após um período de recessão por conta da crise econômica mundial deflagrada em setembro de 2008 - o setor de transporte de cargas voltou a crescer , mas enfrenta dificuldades com a falta de profissionais disponíveis no mercado.

O presidente da Associação dos Caminhoneiros dos Campos Gerais, Amauri Manosso, diz que além das empresas de Ponta Grossa, outras de São Paulo, Curitiba, entre outras, buscam mão de obra na região. Segundo ele, hoje são cerca de 30 a 40 vagas em aberto para motoristas de bitrem. "Muitos dos profissionais não querem se profissionalizar e o cenário fica comprometido", comenta. Um dos fatores que interfere na ausência de profissionais disponíveis no mercado, segundo Manosso, é o fácil acesso à aquisição de caminhões, com juros menores. "Muitos trabalhadores fizeram acerto com as empresas e compraram seus próprios caminhões", diz. Prova disso são os números recentes divulgados pela Fenabrave. Somente no primeiro trimestre deste ano foram comercializados no comércio ponta-grossense 139 unidades ante 66 nos três primeiros meses do ano passado.

Conforme Manosso, em algumas transportadoras da cidade é possível encontrar caminhões parados devido à falta de profissionais. "Ponta Grossa e região contam hoje com cerca de 1,8 mil transportadoras e a grande maioria sofre com a ausência de mão de obra", explica.

O gerente comercial da TransPrimo, Édis Moro, diz que o setor de transporte teve um aquecimento brusco em 2010 e os fatores que incrementaram a necessidade por mão de obra foram a safra recorde que coloca o Paraná como líder na produção de grãos e a recuperação da indústria, que sofreu com a crise econômica mundial deflagrada em setembro de 2008. "Tivemos que aumentar o número de frota e de contratações para atender a demanda do mercado", diz. Moro acrescenta que para completar o quadro de funcionários a empresa também buscou mão de obra, além de Ponta Grossa, de Castro, Sengés, Ventania, entre outros. "Hoje estamos recrutando 13 profissionais, que já foram aprovados em 30 requisitos do RH e precisam ainda fazer exame médico. As empresas buscam profissionais que saibam se apresentar e qualificados, já que os caminhões têm tecnologia embarcada", conclui. 

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