Transporte em números: setor contribui para a geração de empregos

Publicado em
19 de Junho de 2019
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A CNT lança o estudo Transporte em Números, que consolida informações do cenário macroeconômico brasileiro e desempenho do setor transportador. No documento, disponível no site www.cnt.org.br, está descrito o panorama geral em relação à economia em 2018, os reflexos para o transporte e como o setor tem contribuído para a recuperação do crescimento do país. Também há análises referentes a anos anteriores.

O transporte, com a atuação de todos os seus modais, é um setor gerador de empregos. São quase 200 mil empresas no país, com cerca de 2 milhões e meio de empregos com carteira assinada. Durante a forte crise na economia, foram fechados 210 mil postos formais de trabalho, de 2015 a 2017. Mas a expectativa começou a melhorar em 2018, com a criação de 29,4 mil vagas. Isso levou a um estoque de empregos com carteira assinada no setor de 2,34 milhões de postos no final de 2018.

“O transporte reflete a economia. Transportamos aquilo que é produzido no país. A economia já começa a dar alguns sinais de recuperação, mas ainda é muito menos do que o Brasil precisa. Entretanto, temos expectativa de que a situação do país irá melhorar”, afirma o presidente da CNT, Vander Costa.

Rodoviário

De acordo com o estudo, 70% dos empregos formais do setor estão no transporte terrestre, e o rodoviário é o maior empregador desse modal. Também é o rodoviário o segmento que mais tem sofrido os impactos da recessão. De 2015 a 2018, o fluxo total de veículos caiu, em média, 1,4% por ano nas rodovias concessionadas, sendo que a retração mais significativa foi no fluxo de pesados (2,8% ao ano). E o estado do Rio de Janeiro, com a situação agravada pelo roubo de cargas, tem experimentado as maiores perdas nos volumes de transporte. O fluxo de pesados nas rodovias cariocas caiu 6% ao ano, de 2015 a 2018.

Ferroviário

O transporte ferroviário de cargas apresentou um resultado positivo, batendo recorde em 2018. Foram mais de 500 milhões de toneladas úteis movimentadas e uma produção de 407 bilhões de toneladas por quilômetro útil. Os números significam aumentos de 5,7% e de 8,5%, respectivamente, em relação a 2017. Ao analisar o período de 2014 a 2018, o aumento de mercadorias transportadas foi de 22,5%, e a produção ferroviária cresceu 32,6%. Entretanto, a produção de equipamentos ferroviários vem caindo nos últimos anos.

Aquaviário

Em 2018, o transporte aquaviário teve um bom desempenho, com 1,12 bilhão de toneladas transportadas, passando por portos organizados e terminais de uso privado. O aumento foi de 2,9% em relação a 2017. Nos últimos 20 anos, a movimentação de contêineres foi a que mais aumentou no transporte aquaviário. De 1999 a 2002, foram cerca de 28,31 milhões de toneladas transportadas por contêineres. De 2015 para 2018, o número subiu para 105,26 milhões.

Aeroviário

A procura por voos domésticos também tem crescido no Brasil. O aumento no número de passageiros transportados por quilômetro chegou a 4,4% de 2017 para 2018. A análise do quadriênio 2015-2018 mostra que a média anual de passageiros por quilômetro transportados em voos domésticos foi de 92,8 bilhões e a oferta de assentos por quilômetro foi de 115,06 bilhões. Com isso, a taxa média de aproveitamento dos voos foi de 80,7% no período.

PIB

Além de apresentar o panorama geral de cada um dos modais do transporte, o novo estudo da CNT aborda também os números do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2018, o PIB do transporte (incluindo armazenagem e correios) cresceu 2,2% em relação ao ano anterior. O índice representa o dobro do da economia em geral.

Na avaliação do estudo da CNT, “para que o volume anual de serviços de transporte de cargas e passageiros no Brasil retorne aos níveis pré-crise, ainda é necessário um crescimento de 7% da produção”. Em relação à economia em geral, para retornar ao nível de 2014, a produção de bens e serviços no Brasil tem que avançar 4,8%, conforme a análise da Confederação.

Ao considerar o PIB do transporte por região, é possível constatar que o Sul e o Sudeste são responsáveis por mais de dois terços do PIB do Brasil e do de transporte. Em 2016, o Sudeste respondeu por 52,4% do PIB do Brasil e por 59,6% do PIB do transporte. Entretanto, de 2002 a 2016, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste cresceram mais rapidamente do que as outras.

O Transporte em Números traz ainda informações sobre os veículos pesados, embarcações, aeronaves, equipamentos ferroviários e combustíveis.

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