Transporte de cargas ferroviárias pode chegar a 550 milhões de toneladas

Publicado em
15 de Outubro de 2014
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A estimativa é da ANTF que projeta um aumento na movimentação de cargas de 12,5% em dois anos.

​Segundo a ANTF (Associação Nacional dos Transportes Ferroviários), nos últimos 17 anos, o setor ferroviário cresceu 80% no Brasil. A entidade projeta um crescimento de 12,5% na movimentação de cargas ferroviárias até 2016, podendo chegar a 550 milhões de toneladas úteis.

Para o presidente da ANTF, Gustavo Bambini, o momento para o modal é positivo. De acordo com ele, desde a segunda metade dos anos 1990, com as concessões, as ferrovias não apareciam com tanta força na agenda nacional.

Os esforços do governo para criar uma política pública efetiva para o setor, concentrada no Programa de Investimentos em Logística (PIL), fortaleceu os investimentos no modal.

Em 1997, o Brasil transportava por meio dos trens cerca de 250 milhões de toneladas. Hoje este volume é de mais de 450 milhões de TU, quase 80% de incremento.

"Mesmo sem considerar o efeito estruturador dos projetos "greenfield" (projeto que começa do zero) na área, justamente aqueles em que os esforços do governo se concentram, entendemos que esta é uma tendência a ser mantida", observou o presidente.

Alguns segmentos em particular, como o transporte de carga geral e de grãos, têm demonstrado grande vigor, quando se trata de demanda crescente e vantagens competitivas.

Considerando novos trechos e a manutenção dos investimentos das atuais concessionárias, a participação do trem no mix de transporte de cargas tem condições para saltar dos atuais 30% para algo em torno de 45% até 2031, segundo estudos recentes.

Para Bambini, as novas perspectivas são uma oportunidade favorável de crescimento para o setor em todos os sentidos.

"Existe um entendimento sobre a importância das ferrovias de carga para a competitividade da indústria nacional, para o equilíbrio da balança comercial e para todos os ganhos sociais decorrentes, tanto em termos de geração de emprego e renda, quanto para o desenvolvimento local e a da mobilidade urbana de nossas cidades”, avaliou.

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