Torre

Publicado em
04 de Outubro de 2010
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Os engarrafamentos já levaram a prefeitura até mesmo a restringir caminhões de dia na marginal Pinheiros.
Enquanto isso, um dos agravantes do trânsito na região sobrevive sem atenuar os transtornos que provoca.

As principais obras viárias que deveriam estar prontas há dez meses para suavizar os impactos do "maior complexo comercial do país" -como ele se define, na esquina com a av. Juscelino Kubitschek- nem começaram.

Entre elas, uma faixa extra na pista local da marginal Pinheiros, no sentido Lapa.

Pior: após seguidos atrasos, um impasse entre a gestão Gilberto Kassab (DEM) e a construtora WTorre ameaça atrair mais carros para a vizinhança sem que a mitigação dos problemas saia do papel.

A controvérsia ocupa uma área que abriga desde novembro a sede do Santander, uma torre de 28 andares que é a primeira etapa do maior polo de tráfego da marginal.

O empreendimento já é capaz de jogar 1.500 carros por hora na região no rush da tarde -semelhante ao que passa nesse período em uma das quatro faixas da pista local.

O número também é suficiente para lotar 80% da capacidade de vias do entorno que suportam 1.875 por hora.

Dentro da torre, demora-se de cinco a dez minutos só para conseguir sair da garagem.

Em um ano, a demanda de veículos nas imediações deve quadruplicar, com um novo prédio, shopping e hotel.

SEM PRAZO

Grandes empreendimentos precisam cumprir exigências para atenuar seus impactos. A prefeitura listou intervenções na primeira etapa do complexo WTorre JK estimadas em R$ 10 milhões.

As principais eram obras, como faixa adicional na marginal Pinheiros e alargamento de vias. Havia também sinalização e equipamentos, como câmeras e semáforos.

O normal é que isso seja feito antes dos transtornos.

No entanto, a WTorre foi à Justiça e, depois, fez um acordo com a prefeitura para que tudo fosse entregue até dezembro de 2009, um mês após a inauguração da torre.

O prazo se esgotou e nada ficou pronto. A construtora culpou a "peregrinação" para aprovações na prefeitura.

A data foi empurrada para julho deste ano. Nenhuma obra começou. Para a WTorre, sua parte foi cumprida.

A construtora passou a alegar que gastou além da quantia estimada -R$ 11,6 milhões, só com a entrega dos equipamentos. Agora, diz que as obras demandariam mais R$ 28,8 milhões. 

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