Tecnologias embarcadas aumentam a segurança

Publicado em
25 de Outubro de 2011
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A busca pela redução de custos profissionalizou o transporte logístico e a necessidade da renovação mais ágil da frota abre um imenso mercado para a tecnologia embarcada, sistemas de rastreamento de cargas e de gestão de frotas. Dos 60 milhões de veículos da frota nacional - passeio e carga-, apenas 1% tem algum tipo de rastreamento, ante 15% a 20% de outros países da América Latina.

"Dos veículos de carga, apenas 25% são rastreados com algum tipo de dispositivo, abrindo uma imensa oportunidade para empresas brasileiras que oferecem tecnologias de segurança para transportes", avalia o diretor de marketing da Zatix/Omnilink, Alexandre Cifarelli.

Sistemas de gestão de frota e a tecnologia embarcada auxiliam o motorista a levar a carga a seu destino com segurança. "Antes as novidades demoravam a chegar, agora os lançamentos de tecnologia embarcada são simultâneos com o resto do mundo", afirma Tania Silvestri, diretora de marketing da Mercedes-Benz do Brasil.

Os caminhões já saem de fábrica com itens que antes eram opcionais, como câmbios automáticos e freios ABS. Os grandes frotistas renovam seus caminhões com dois a três anos de uso porque estão conscientes que o custo de operar veículos novos é muito menor. "O acompanhamento do desempenho motorista e do caminhão, como consumo de combustível e manutenção preventiva, podem fazer a diferença no lucro ou prejuízo da operação, principalmente os de carga pesada que percorrem longas distâncias", afirma Tania.

Recentemente a Mercedes-Benz lançou a linha de caminhões Actros que integra, por exemplo, um câmbio que faz a troca automática de marcha avaliando o tipo de relevo da estrada e a inclinação da via, reduzindo o consumo do combustível. O caminhão também controla a rolagem correta do veículo, apontando quando motorista se desloca para fora da faixa da pista. Conta também com sensor de proximidade, desacelerando automaticamente caso haja algum obstáculo à frente.

"Muitos frotistas investem em pacotes completos de itens de segurança para seus veículos", afirma Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo. Dos equipamentos opcionais, um dos mais procurados é o dispositivo anticansaço ou antissono: uma câmera em frente ao para-brisa do veículo lê a faixa de rodagem das estradas e, caso o motorista comece a transitar de um lado para o outro, recebe avisos sonoros de alerta. Na Europa a Volvo desenvolveu um sistema de leitura de íris que monitora as piscadas do motorista, alertando quando está sonolento, mas o dispositivo não tem data para chegar ao Brasil.

A chegada das redes celulares mais avançadas de quarta geração (4G), com mais capacidade de transmissão de imagens terá grande impacto nos sistemas de segurança pública e na cadeia logística. "Os operadores logísticos exigem cada vez mais informações com imagens e troca de arquivos", afirma Gilberto de Paula Souza, diretor da área de arquiteturas técnicas da Motorola. Com um computador móvel conectado à rede 4G policiais rodoviários poderão, por exemplo, fazer leituras biométricas para conferência de documentos de identidade e consultar bancos de dados unificados federais.

Ainda sem data para ser implantado nacionalmente o SINIAV (Sistema Nacional de Identificação de Veículos) é outro sistema de automação dos transportes que vai facilitar a identificação e rastreamento da frota nacional. Uma etiqueta RFID (Radio-Frequency Identification) será integrada aos veículos de carga e passeio com informações da placa e código Renavan. "Essas etiquetas poderão ser lidas nas vias da cidade permitindo ao CET, por exemplo, a captura de dados para avaliar o fluxo da frota e agir preventivamente na movimentação de determinadas regiões", explica Fernando Claro, vice-presidente da Seal. Seguradoras e empresas de segurança também são potenciais interessados na implantação do SINIAV, cujo projeto piloto acontece em 2012.

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