Tecnologias e investimentos puxam o transporte e a logística

Publicado em
30 de Novembro de 2017
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Sacudidos nos últimos três anos por uma crise sem precedentes, os setores de transportes e logística apresentam sinais mais consistentes de recuperação no Brasil, cada vez mais amparados por uma base tecnológica vigorosa e inovadora.
 
Um dos dados que indicam uma retomada mais consistência é o balanço mensal da AT&M Tecnologia, especializada em averbação eletrônica. Pois bem, a empresa registrou em outubro R$ 498 bilhões na movimentação de transporte de cargas no país, para efeito de seguros, gerando a movimentação de 80 milhões de documentos entre transportadoras, corretores, embarcadores e companhias de seguros.
 
Para efeito de comparação, em outubro de 2016, foram registrados R$ 237 bilhões em movimentação de transporte de cargas, com a movimentação de 60 milhões de documentos. OU seja, houve crescimento de 110% em relação à movimentação de cargas averbadas com seguro entre os dois períodos analisados.
 
Claro, boa parte desse aumento não se deve apenas aos melhores sinais econômicos, mas ao primeiro mês de vigência das novas exigências das Secretarias de Fazenda dos Estados e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em relação ao preenchimento do MDF-e (Manifesto de Documentos Fiscais eletrônicos) – versão 3.00. Seja como for, é mais um indicador para fornecer dados mais confiáveis ao transporte e à logística nacional.
 
Em um segmento em constante transformação, a Totvs faz nesta terça-feira (29.11) o lançamento do Espaço de Experiências de Supply Chain – com foco na Logística, montado na nova sede, localizada na Zona Norte de São Paulo.
 
A empresa criou um ambiente em que traz diferentes experiências de tecnologias voltadas ao conceito de Logística 4.0. A empresa apresenta em primeira mão a jornalistas especializados os processos de expedição e carregamento por meio de coletores de dados, além dos fluxos de recebimento e armazenamento – tudo por meio de rádio frequência e 100% automatizado.
 
Também será possível ver, na prática, como utilizar a tecnologia 3D para fazer o melhor arranjo de cargas para as viagens, pensando na fragilidade dos produtos e rotas de entrega.
 
Outro movimento interessante vem da rede de supermercados Pague Menos, sediada em Nova Odessa (SP), que firmou parceria com a Symphony Retail Solutions para a implantação de um sistema automatizado de personalização de ofertas em suas 25 lojas, distribuídas em 15 municípios do Estado.
 
O objetivo é oferecer as melhores promoções e buscar a excelência no atendimento ao cliente. Especializada em softwares que priorizam soluções centradas no consumidor e análise de Big Data, a Symphony hoje atua junto a 15 dos 30 maiores varejistas do mundo, milhares de marcas do setor e centenas de redes regionais e nacionais ao redor do planeta.
 
Para funcionar bem, o sistema tem de estar em perfeita sintonia ao transporte e à logística.  A partir do uso da ferramenta de personalização de ofertas e contando com a expertise da multinacional, os Supermercados Pague Menos passam a proporcionar uma experiência de compra muito mais direcionada e recompensadora aos seus clientes, tanto em termos de interação quanto de engajamento.
 
Ferrovias
 
Um novo avanço para a região que concentra a maior parte da riqueza do país. A partir de dezembro, as regiões de Jundiaí e Campinas contarão com uma nova solução para exportações, importações e logística doméstica via ferrovia até o Porto de Santos.
 
Operado pela Contrail Logística, em uma área de 75 mil metros quadrados, o Terminal Intermodal de Jundiaí (TIJU),  construído junto à linha férrea da MRS, terá capacidade para movimentar 70 mil TEUs (contêineres de 20 pés) por ano.
 
O TIJU está localizado em uma das regiões mais industrializadas do país: a 30 Km de Campinas e a 50 Km de São Paulo. Além da possibilidade de receber e enviar cargas pelas rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera, o terminal se conecta diretamente a uma das ferrovias mais produtivas do mundo, com uma malha de 150 km até o Porto de Santos e 480 Km até os portos do Rio de Janeiro.
 
Todos esses movimentos mostram a força da logística em um instante em que o país começa a respirar. É um bom sinal para a indústria de caminhões, que pode projetar melhores vendas para 2018. Se a política ainda não decolou, a logística se afasta da crise.

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