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Um relatório elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), cedido com exclusividade para a RPC TV, mostra que concessionárias de pedágio do Paraná investiram menos do que o previsto em contrato, desde o início das atividades. O documento ainda aponta que a Viapar, que opera no norte do estado, e a Ecocataratas, com praças no oeste, deveriam cobrar uma tarifa menor dos motoristas.
Além das duas concessionárias, o TCE-PR ainda deve avaliar as obras realizadas e o cumprimento dos contratos de outras quatro concessionárias de pedágio. Devem ser avaliadas a Ecovia, a Caminhos do Paraná, a Econorte e a Rodonorte, em trabalho com previsão para começar nas próximas semanas.
O relatório mostra que a Viapar investiu menos da metade do dinheiro previsto em contrato com o Governo do Estado. Entre 1998 e 2012 deveriam ter sido gastos em obras R$ 1,5 bilhão, mas foram investidos apenas R$ 650 milhões. Entre as obras que deixaram de ser feitas, por exemplo, estão a duplicação de 35 quilômetros de rodovias.
Os auditores responsáveis pela elaboração do documento sugerem que as empresas compensem a falta de melhoria nas estradas com aumento dos investimentos, além de uma redução na tarifa das seis praças de pedágio. Na praça de Floresta, entre Campo Mourão eMaringá, por exemplo, o TCE-PR sugere que o valor de R$ 9,20 deveria cair para R$ 7,50.
Já na Ecocataratas, o investimento constatado de R$ 406 milhões também ficou abaixo do previsto em contrato, que era de R$ 613 milhões. Entre o que deixou de ser feito está a duplicação de 141 km de rodovias. Também neste caso, o relatório sugere que sejam ampliados os investimentos e diminuídos os custos para os motoristas. No trecho entreMedianeira e Foz do Iguaçu, por exemplo, a tarifa de R$ 10,80 deveria baixar para R$ 8,40.
A Viapar informou que só irá se pronunciar sobre os relatórios após ter acesso aos documentos oficiais, e a Ecocataratas informou que não irá se pronunciar sobre o assunto.