Tarifas de pedágios paulistas estão mais caras desde ontem (01/07)

Publicado em
02 de Julho de 2012
compartilhe em:

A partir de domingo, os pedágios das rodovias estaduais serão reajustados em porcentuais que variam de 4,26% a 4,98%, segundo a Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). As rodovias Anchieta, Bandeirantes e Castelo Branco são as que terão o menor reajuste. Já a Dom Pedro I, Raposo Tavares e Ayrton Senna, estão entre as que terão maior porcentual.

A tarifa mais cara continua a ser o sistema Anchieta-Imigrantes. O valor subiu R$ 1,10 e custará R$ 21,20 para veículos de passeio. Isso porque as estradas têm só uma praça de pedágio - e o porcentual será aplicado em apenas uma tarifa. O valor do pedágio é calculado de acordo com a quilometragem de rodovia e, segundo o governo, em 85% das praças o aumento será de até R$ 0,30 para veículos de passeio.

Confira aqui tabela completa com as novas tarifas de pedágio

No começo do ano, o governo havia anunciado que padronizaria o reajuste pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - calculado pelo IBGE e usado como padrão para medir a inflação. Hoje, há contratos com esse índice (assinados após o ano 2008) e outros, mais antigos, que utilizam o Índice Geral dos Preços-Mercado (IGP-M).

Mas, como o IPCA teve variação maior do que o IGP-M, a Artesp decidiu manter, só mais este ano, os dois índices.

Cobrado durante a última campanha eleitoral pelo reajuste nos pedágios acima da inflação - e sofrendo pressão até de prefeitos de seu partido -, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a anunciar estudos para reduzir valores. Mesmo assim, admitiu, já no ano passado, que a revisão era difícil e destacou que não pretendia quebrar nenhum contrato.

A diretora-geral da Artesp, Karla Bertocco Trindade, explica que o aumento das tarifas será compensado por alterações na Taxa Interna de Retorno (TAR), uma garantia de retorno financeiro que as concessionárias têm quando fazem investimento nas rodovias, como obra de ampliação. A mudança, no entanto, não reduz tarifas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Pedágio por distância percorrida é medida a longo prazo em SP


Sistema de cobrança de pedágio por quilômetro rodado só poderá entrar em vigor após novo sistema, que está em teste, ser amplamente usado

O Estado de São Paulo já iniciou os primeiros testes da nova cobrança eletrônica de pedágio nas rodovias do Estado. O sistema, se aprovado, funcionará com a instalação de portais nas rodovias onde ficarão os equipamentos leitores de tags (adesivo com um chip dentro colocado nos veículos) e o valor da cobrança vai variar de acordo com a quantidade de portais que o motorista passar.

“O equipamento já está sendo testado no portal instalado na rodovia Anhanguera com uma frota de veículos que já possui o tag”, informou nesta quarta-feira a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Transporte de São Paulo (Artesp), que acompanha os testes no Estado.

O projeto-piloto será adotado em três pontos da região de Campinas e em outro local, ainda indefinido, no interior. A fase de testes deve durar seis meses e será realizado em trechos entre as atuais praças de pedágios, principalmente onde a distância é maior do que 50 quilômetros. Os equipamentos funcionam por frequência e a forma de cobrança poderá ser por um sistema de créditos pré-pagos, com débito em conta ou envio da fatura para a casa dos usuários com o valor final.

Novo sistema de cobrança poderá reduzir as cabines de pedágios nas estradas paulistas
A Artesp afirma que fará pesquisas de opinião até outubro deste ano para verificar quantas pessoas pretendem aderir ao novo sistema. Posteriormente, as pessoas que tiverem interesse poderão se cadastrar. A implantação do sistema de pedágio cobrado de acordo com a quantidade de quilômetros percorridos em uma rodovia é uma meta de longo prazo, depois do sistema estar implantado e ter havido a massificação dos usuários. Só então, estudos serão feitos para ver os pontos que a nova forma de cobrança será viável.

Esses testes fazem parte das mudanças que o governo de São Paulo pretende implementar na cobrança automática de pedágios. Atualmente, a cobrança automática é feita pelo modelo Sem Parar, no qual os veículos que têm um tag passam pela praça sem a necessidade de enfrentar as filas. O pagamento ocorre também por débito automático ou envio de boletos.

Pedágio por quilômetro rodado

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) considera vantajoso o novo modelo de pedágio. “É mais justo porque cada um vai pagar pela distância percorrida”, afirma o presidente da ABCR, Moacyr Duarte.

“Esse sistema novo permite que você cobre pela distância percorrida, então quem percorre menos do que a distância entre uma praça [de pedágio] e outra, pagará menos. Ao mesmo tempo, uma porção de gente que não paga hoje porque sai da rodovia antes de chegar na praça de pedágio, vai pagar”, ressalta. Atualmente o motorista paga taxas fechadas por trechos, independente do quanto foi percorrido.

Contudo, Moacyr Duarte considera que o sistema só será eficaz se houver uma boa fiscalização. “Estamos apoiando a implantação, mas é preciso ter certeza de que os veículos que vão passar [nas rodovias] vão pagar os pedágios. Se 20% que não aderir [ao novo sistema] não pagar, você vai onerar os 80% que pagam”, explica.

Como possível forma de fiscalização ele cita o Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos). “Todos os veículos teriam um tag [aparelho com chip] para a identificação de veículos que passem sem ser cadastrados. Com a identificação, você tem condições de multar a pessoa”, conta Duarte.

A Artesp afirma que uma possibilidade de fiscalização é por meio de câmeras de vídeo com leitura de placas. Além disso, é possível que algumas cabines de cobrança monetária de pedágios (como as existentes atualmente) continuem existindo para fazer a cobrança de carros de outros estados, por exemplo.

Boletim Informativo Guia do TRC
Dicas, novidades e guias de transporte direto em sua caixa de entrada.