De acordo com pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a tabela do frete fez o preço do transporte subir em 11%. Os dados comparam valores apurados em agosto deste ano com os praticados antes de a medida entrar em vigor.
Esse aumento de custo tem sido repassado ao consumidor final pelas empresas, que, por sua vez, reportaram reajuste médio de 5% nos preços de seus produtos, segundo a pesquisa.
Para isso, o levantamento ouviu 685 empresas. Dessa forma, o aumento médio do custo do frete rodoviário ficou próximo do verificado em agosto do ano passado, de 12%.
Por outro lado, a CNI destaca que há grande diferença nos valores divulgados pelas empresas. Provavelmente em razão das distâncias contratados, do tipo de produto transportado e da necessidade de pagamento de frete de retorno.
Enquanto 18% das companhias disseram que o preço do frete se manteve inalterado com a tabela, 47% comunicaram altas de até 15%, e 24% apontaram aumentos superiores a 15%.
Frota própria
Ainda de acordo com a pesquisa, a tabela provocou um aumento da formação de frota própria pelas empresas. Assim, a variação líquida – percentual de empresas que aumentaram o uso, menos o das empresas que diminuíram – para o uso de caminhões próprios ficou em 15 pontos percentuais.
Segundo o estudo, cresceu também a contratação transportadoras (2 pontos percentuais). No entanto, caiu o uso de cooperativas de caminhoneiros (-4 pontos percentuais).
Por fim, o dado que mais chamou a atenção foi a queda na contratação de caminhoneiros autônomos (-9 pontos percentuais).
A frota própria é o segundo tipo de transporte mais usado pelas empresas. Ao todo, 28% delas disseram usar sempre ou quase sempre. O primeiro são as transportadoras (77%).