A nova tabela de frete, que passa a valer na próxima segunda-feira (20), traz valores reajustados para baixo em todas as categorias de transporte de carga
A nova tabela de frete, divulgada nesta quinta-feira (16), traz valores menores que os anteriores. A atualização, a cargo da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU). Trata-se da resolução n° 5.899, que define os valores mínimos que devem ser pagos para o transporte rodoviário de carga no Brasil.
A justificativa para a redução, segundo a ANTT, foi a redução no preço do diesel. De acordo com a agência, o valor do frete pode mudar se houver variações no valor do combustível em intervalos inferiores a 30 dias.
Com a pandemia e o isolamento social, o número de deslocamentos no País despencou. Isso afetou também o setor de transporte de carga. E fez baixar os preços dos combustíveis. Segundo a Ticket Log, de janeiro a maio os preços do diesel baixaram. Em junho, foi a primeira vez no ano que o combustível ficou mais caro.
Levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o valor médio do diesel no País está em R$ 3,15. Na semana de 1º a 7 de março, o litro do diesel foi vendido por, em média, R$ 3,66, nos postos do Brasil. Ou seja, atualmente o combustível está 14%, em média, mais barato que há quatro meses.
Tabela de frete sofreu baixa generalizada
Os valores foram reajustados para baixos em todas as categorias do transporte que envolvam carga lotação e carga lotação de alto desempenho (menor tempo para carga de descarga). E também contratação do veículo, incluindo os de transporte de carga de alto desempenho.
Por exemplo: no caso do transporte de carga lotação de granel sólido, o custo por quilômetro (R$/KM) varia de R$ 1,8311 em veículos de dois eixos a R$ 4,3090 pra os de até nove eixos. Na tabela divulgada em maio e vigente até então, os valores eram de, respectivamente, R$ 1,9622 e R$ 4,5134.
Na prática, com a nova tabela o transportador receberá 6,68% a menos (dois) eixos) e 4,53% a menos (até nove eixos). Confira aqui mais detalhes sobre os novos valores. O reajuste passa a valer na próxima segunda-feira (20). A tabela com a próxima revisão deve ser divulgada apenas em janeiro de 2021.
Vale ressaltar que não entram no cálculo do piso mínimo a margem de lucro do caminhoneiro. Bem como custos com pedágios ou despesas de administração, tributos e taxas. Esses itens devem ser negociados entre diretamente entre os motoristas e os embarcadores na hora de compor o valor total do frete.