Objetivo é pressionar o Supremo Tribunal Federal, que vai julgar a lei que estabeleceu o piso mínimo no próximo dia 4
Caminhoneiros autônomos de todo o país preparam uma mobilização para a semana que vem. Por meio do WhatsApp, eles organizam manifestações em diversas cidades entre segunda-feira, 2, e quarta-feira, 4, para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar constitucional a lei que estabeleceu o piso mínimo dos fretes. O julgamento está marcado para o dia 4, às 14h.
“Para nós só tem um caminho, o caminho da constitucionalidade, o caminho da dignidade, o caminho da sobrevivência do caminhoneiro autônomo que é essa lei que há mais de um ano e três meses foi sancionada, tida como piso mínimo de fretes, e até hoje não é cumprida”, afirmou nesta segunda-feira, 26, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer. Ele explicou que cada caminhoneiro vai decidir a forma de manifestação, com ou sem paralisação, mas não confirmou o fechamento de rodovias, por exemplo.
Segundo Litti, os caminhoneiros não descartam uma paralisação nacional caso o STF julgue a tabela de fretes inconstitucional. “Tudo vai depender do nível de organização que a gente alcançar nestes três dias, se tem força. Terá que avaliar nos dias do movimento”. No entanto, ele confia na decisão favorável da corte e analisa que o julgamento pela constitucionalidade da lei vai facilitar o fechamento dos acordos coletivos com embarcadores e transportadoras sobre os preços dos fretes.
As negociações sobre os acordos já duram um mês. Caminhoneiros autônomos não abrem mão da obrigatoriedade do cumprimento dos pisos estabelecidos na tabela. Embarcadores querem que eles sejam apenas referenciais.
Lideranças do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro já confirmaram participação nos atos da próxima semana.