A criação do Superministério da Justiça poderá resultar em reforços para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, já começou a denir como carão os ministérios a partir do início da sua gestão. Entre as novidades está a criação de um 'Superministério' da Justiça, que marcará a fusão dos ministérios da Segurança Pública e da Justiça. Essa medida poderá resultar em mais reforços nos quadros da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Para assumir o comando da pasta, o novo presidente indicou o juiz federal Sergio Moro para ser o responsável pela nova pasta de Segurança. Em sua primeira entrevista, Moro comentou que o principal objetivo desse novo desao será o combate à corrupção e ao crime organizado. Na última quarta-feira, 7, Moro esteve reunido com o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro. Ele comentou sobre a diculdade inicial à frente do novo projeto, que terá um caráter burocrático, já que ocorrerá a fusão entre os ministérios. Mas salienta que a sua estrutura será reforçada com essa união. Jungmann informou a sua preferência para que as pastas permanecessem desvinculadas, mas acredita no trabalho de Sergio Moro. Ele comenta ainda sobre a 'legitimidade democrática' que Bolsonaro tem após ter sido eleito como presidente da República. Para Moro, Jungmann atuará sendo um "conselheiro informal" para o Superministério da Justiça. Após a decisão de fundir as pastas e a chegada de Sergio Moro como ministro, espera-se que os quadros de pessoal da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal sejam reforçados para auxiliar nos novos projetos e, também, diminuir o grande décit que atrapalha o funcionamento de ambas as corporações. O reforço no efetivo das polícias poderá acontecer com a chamada de excedentes, sendo esses aprovados em seleções ainda em validade, ou então a realização de novos concursos públicos. Tanto a PF como a PRF receberam um aval de 500 vagas este ano, mas o quantitativo não supre a carência das corporações. Décit da Polícia Federal ultrapassa 3 mil policiais Com as 500 vagas oferecidas por meio do atual concurso, que está em andamento, a Polícia Federal não deve suprir todo o décit. Em março deste ano, quando o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rogério Galloro, assumiu o cargo, a carência já era de 3 mil policiais (https://folhadirigida.com.br/noticias/concurso/pf/concurso-pf-reforco-do-efetivo-e-prioridade-do-novo-diretor-geral). Com as aposentadorias constantes, o número deve ser ainda maior, o que aumenta a necessidade de reforços na corporação. "Se considerarmos que um país de 209 milhões de pessoas conta com uma Polícia Federal que hoje tem um efetivo de 11 mil homens e mulheres, ele se encontra abaixo do que seria o mínimo necessário, em torno de 14 mil", comentou Galloro, enfatizando a importância de recompor o efetivo da corporação. Somente este ano, a Polícia Federal já registrou 199 aposentadorias o que aumenta ainda mais o décit de servidores. O número de saídas da corporação foi retirado do Painel Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, que aponta a Região Sudeste como uma das mais afetadas. Para o concurso Polícia Federal 2018, o edital trouxe 500 vagas em caráter imediato para cinco carreiras, sendo 180 de agente, 150 de delegado, 80 de escrivão, 60 de perito e 30 para a carreira de papiloscopista.