Sistema facilita cobrança de pedágio urbano

Publicado em
13 de Abril de 2010
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A cobrança de pedágio urbano é apontada por especialistas como uma das "funções básicas" do sistema de identificação veicular com chips em veículos. O professor Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI), cita como exemplo Santiago, no Chile, onde carros sem chips pagam taxa diária para rodar - com ele, a tarifa é menor. A Prefeitura de São Paulo nega essa intenção.

Por outro lado, segundo ele, o uso dos chips para cobrança de pedágio urbano pode trazer o fim do rodízio. "O rodízio serve para o controle da densidade do trânsito", diz. Essa é a mesma justificativa para a existência de um pedágio urbano, explica ele.

Peixoto fala ainda que, da mesma forma que há cobrança extra após consumo de determinada quantidade de água nas casas, por conta da escassez, poderia haver pedágio nos horários de pico por escassez de espaço.

Privacidade - O benefício de um sistema público que encontre carros roubados pode ter efeitos colaterais.

Para Peixoto, um deles é o fim da privacidade. O cidadão continua com o direito de ir e vir, mas os caminhos poderão ser monitorados. "Isso ainda vai trazer muita discussão jurídica", disse.

Outro especialista, o professor de segurança veicular Celso Arruda, da Unicamp, diz acreditar que haverá pessoas que descobrirão formas de burlar o rastreamento. Só no passado, houve 79 mil casos de furtos e roubos de veículos na capital paulista.

Arruda não acredita que o monitoramento poderá ajudar no planejamento do tráfego. "O chip só tem a ver com assuntos de proteção do patrimônio e verificação de tributos", afirma.

De bom, ambos dizem esperar queda no preço dos seguros de carros na cidade. Do contrário, as seguradoras passarão a lucrar mais - iriam continuar com os mesmos níveis de arrecadação, mas pagando menos indenizações com a queda de roubos - segundo Peixoto.

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