Setor privado prevê cenário econômico melhor em 2013

Publicado em
10 de Outubro de 2012
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Os empresários brasileiros estão mais otimistas em relação aos indicadores macroeconômicos do próximo ano. Segundo pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) e divulgada ontem, a maioria dos representantes das 214 empresas ouvidas no estudo preveem uma inflação estável e um Produto Interno Bruto (PIB) mais alto para o ano de 2013.

Segundo os resultados do Business Round Up, 52% dos entrevistados acreditam que a inflação do próximo ano será estável, 40% creem que será crescente e 9% que terá queda. Sobre o crescimento do PIB do próximo período, 52% das empresas participantes acreditam que será maior que neste ano, 36% preveem que será estável e apenas 12% esperam uma queda.

O montante de 60% dos participantes avaliou que nos próximo ano a taxa básica de juros (Selic) deve fechar em um patamar estável em relação a esse ano. Hoje o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulga se mantém a Selic em 7,5% ou realiza mais um corte na taxa. O mercado financeiro se mostra divergente sobre um corte de 0,25% nesta reunião ou a manutenção da taxa. Esse será o penúltimo encontro do Comitê no ano.

Segundo o economista-chefe do HSBC Brasil, André Leos, a expectativa da instituição financeira é de que o PIB do próximo ano cresça 3,8%, a inflação chegue a 5,5% e o câmbio feche o próximo ano em R$ 2,1.

Para os empresários ouvidos pela Amcham, os três maiores focos de suas instituições no próximo ano serão em primeiro lugar estratégias comerciais, seguido de marketing e de inovação, pesquisa e desenvolvimento e tecnologia. Segundo o economista-chefe, esse terceiro grupo é um dos grandes gargalos do Brasil.

"Há uma necessidade de busca de mais eficiência seja na produtividade da mão de obra seja na oferta de infraestrutura, que é um outro gargalo relevante do País, esse ponto eu acho relevante relacionado a educação que aí claramente tem aspectos que são públicos ligados a educação e arcabouço de pesquisa e muitos aspectos ligados ao setor privado também que precisa dar mais atenção a isso", completou

Para ele, o País teve uma tradição de muita volatilidade e esses investimentos em inovação, que são de longo prazo, tiveram dificuldade de serem realizados.

Balança Comercial

Para 65% das empresas participantes da pesquisa sobre perspectivas para 2013, o comércio exterior do Brasil irá evoluir ainda mais se buscar uma aproximação com economias consolidadas como Estados Unidos, Alemanha e China.

Em segundo lugar ficou a alternativa de aproximação com mercados emergentes como Rússia, Índia, África do Sul e México. A terceira opção mais assinalada pelos participantes foi o aumento do número de acordos bilaterais.

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