Setcepar repudia licença de duplicação negada na Serra do Cafezal

Publicado em
07 de Dezembro de 2012
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IBAMA rejeitou estudo para liberar as obras

“É um absurdo o descaso com a vida dos motoristas que trafegam pela Serra do Cafezal”. É com esta frase que o Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Gilberto Antonio Cantú, lamenta a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) que, depois de analisar o relatório de impacto ambiental apresentado pela Autopista Régis Bittencourt, consórcio do grupo OHL que responde pela rodovia, rejeitou o estudo da companhia e apontou uma série de problemas que precisam ser corrigidos para liberar, definitivamente, o empreendimento. “Esta duplicação é de extrema importância e o processo para que isso ocorra se arrasta há mais de uma década. É uma palhaçada”, ressalta.

Cantú, que já está se reunindo com representantes da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) para verificar ações a serem tomadas sobre o assunto, destaca que o IBAMA entendeu que não se vislumbra neste momento a segurança necessária para a emissão da licença pretendida, uma vez que ainda restam dúvidas, necessidades de complementação e até mesmo revisão de vários dos programas ambientais propostos. “Este trecho da BR-116 é extremamente perigoso. Como já disse mais de uma vez, é muita irresponsabilidade postergar ainda mais esta duplicação, até mesmo porque apesar de representar 20% do percurso de quem trafega entre São Paulo e Curitiba, os trechos de serra concentraram 40% dos acidentes em 2012”, lembra. E continua: “o resultado prático dessa situação é que um perigoso trecho de 19 quilômetros da Serra do Cafezal, localizado no município de Miracatu (SP), segue com pista única, colaborando ativamente com os altos índices de acidentes. Quem vai se responsabilizar por isso?”, questiona.

Em 2009, a Serra do Cafezal registrou 506 acidentes. No ano seguinte, somou mais 509 ocorrências. No ano passado, foram 490 acidentes. Neste ano, com a duplicação de 11 km, o índice apresenta uma queda mais acentuada. Até outubro, segundo o consórcio, foram feitas 357 notificações no trecho, onde diariamente passam cerca de 22 mil veículos.

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