A disputa pela concessão do Trecho Norte do Rodoanel ocorre entre a brasileira Ecorodovias e a Autostrade (subsidiária da italiana Atlantia). Foram as únicas que entregaram proposta para disputar o leilão do ativo na B3.
O prazo para apresentação de propostas foi encerrado às 11h. A abertura dos envelopes ocorrerá às 14 horas.
A concessionária CCR desistiu de entrar na disputa. A relação entre risco e retorno não se mostrou atrativa e os riscos de engenharia foram considerados alto demais pela empresa.
A Ecorodovias tem sete concessões rodoviárias e disputou, sem sucesso, os últimos dois leilões de rodovias paulistas: a Centro-Oeste e a dos Calçados,
vencidos respectivamente pelo fundo Pátria e pela operadora Arteris no primeiro semestre de 2017.
A Atlantia atua no Brasil por meio da AB Concessões, com quatro concessões rodoviárias.
Este é o último trecho do anel viário que circunda a Grande São Paulo e fecha a obra de 176 quilômetros, cuja construção começou em 1998.
O Trecho Norte tem 47,6 quilômetros que conectam o Trecho Oeste, sob concessão da CCR, ao Leste, administrado pela SPMar.
Vence quem der o maior ágio sobre a outorga mínima de R$ 462 milhões, que deverá ser paga à vista. O concessionário também deverá pagar outorga variável mensal de 15% da receita bruta. Quem arrematar terá o direito de explorar o ativo por 30 anos, ao longo dos quais deverão ser investidos R$ 581,6 milhões, sendo R$ 153,4 milhões no primeiro ano.
Mas a operação completa pelo vencedor não deve ocorrer ainda neste ano. A obra, a cargo da estatal Dersa, ainda não terminou. A Dersa prevê que a primeira parte do Rodoanel, que liga o Trecho Oeste à rodovia Fernão Dias, esteja concluída até o mês de julho. O restante deve ser entregue em dezembro.
Finalizada cada etapa, a concessionária iniciará a construção das praças de pedágio. Os veículos que trafegarem pelo Trecho Norte pagarão R$ 3,30 na saída das cinco ligações com os outros sistemas: Dutra, trechos Leste e Oeste, Fernão Dias e Aeroporto de Guarulhos.