Foi com essa pergunta que me deparei ao ler o segundo capítulo do livro O que as Escolas de Negócios Não Ensinam*. Assim que li, imediatamente parei e comecei a imaginar o que eu faria, mil coisas passaram pela minha cabeça, pensei em diferentes respostas, fui longe à procura da solução ideal. E aí é que está a grande questão! Estamos sempre focados nas respostas e com isso não fazemos boas perguntas.
Albert Einstein, dono de um dos mais elevados quocientes de inteligência de que se tem notícia, respondeu certa vez: "Eu gastaria os primeiros 55 minutos determinando a pergunta adequada a ser feita. Assim que eu soubesse a pergunta certa, poderia resolver o problema em menos de cinco minutos".
O filósofo Voltaire, dois séculos antes, teria aplaudido Einstein pois, segundo ele, devemos julgar um homem pelas perguntas que faz e não pelas respostas que dá.
A importância às perguntas fica evidente, porém precisamos reconhecer que Einstein e Sócrates atuavam no campo das ciências , não em um ambiente corporativo, pouco propício às perguntas; onde não há tempo a "perder"e o espaço não é convidativo para isso.
Damos mais valor às respostas do que às perguntas, por que as respostas permitem que entremos em ação, enquanto perguntas significam que teremos que continuar pensando. Não queremos saber se fazer boas perguntas e colher evidências nos levará a respostas melhores. Queremos sair fazendo, executando, temos pressa.
Perguntar passa a ser uma vantagem competitiva humana na indústria 4.0. Computadores são ótimos para encontrar respostas, mas não são capazes de desenvolver perguntas. Essa habilidade é humana e tem alto valor. Em tempos em que as máquinas começam a substituir os homens em trabalhos rotineiros, fazer perguntas certas torna-se mais importante.