Produtora de acerola mudou formato das embalagens para ocupar melhor os caminhões
A alta dos combustíveis no ano passado exigiu uma ação rápida da americana Amway para não comprometer a competitividade de seus produtos. A empresa é dona de uma fazenda na cidade de Ubajara, no interior do Piauí, que produz acerola. Cerca de 90% da colheita da fruta, transformada em pó, é exportada e usada como matériaprima para a fabricação de Vitamina C e suplementos alimentares.
A logística tem um peso importante nos custos da companhia, afirma o gerente geral da Fazenda Nutrilite, João Leone. Ele explica que há duas frentes de logísticas na operação. Uma referese às compras da companhia, seja de matériaprima (acerola de outros
produtores) ou de insumos agrícolas. Na outra ponta, estão todas as vendas do produto. “Nos dois casos dependemos muito do transporte rodoviário.”
Segundo ele, 100% das exportações saem do Brasil via Porto de Pecém, no Ceará. Da fazenda até o navio, o produto percorre cerca de 500 quilômetros de caminhão pelas rodovias da região. “Com o aumento dos combustíveis – que no Nordeste custam cerca de 35% mais que em São Paulo – e as condições ruins das estradas, o custo logístico da empresa subiu 8,9% no ano passado”, diz ele.
Mudança na embalagem. Para conter o avanço dos gastos, eles decidiram implementar uma ideia simples, mas que dependia da compreensão dos importadores: a mudança das embalagens.
De acordo com o padrão internacional, a exportação dos produtores tinha de ser feita em tambores. Mas, por causa do formato dos tambores, os contêineres não seguiam viagem totalmente cheios. Agora os produtos começam a ser transportados em caixas. Leone
afirma que o objetivo é reduzir em 40% o número de caminhões e em 30% o custo logístico. “Essa é a nossa meta inicial. Vamos aguardar para ver os primeiros resultados.”