A economia brasileira segue crescendo lentamente, mas a expansão está disseminada. Dados do IBC-Br, indicador produzido pelo Banco Central e considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto(PIB), mostram que, no ano passado, 12 dos 13 estados acompanhados pelo indicador do Banco Central apresentaram avanço da economia local. Apenas o Espírito Santo, influenciado pelos efeitos do desastre em Brumadinho (MG), ficou no vermelho.
O indicador do Banco Central busca antecipar os números oficiais do PIB por estado. O IBGE divulga estes dados, mas com defasagem de três anos em relação ao PIB nacional. O IBC-Br, porém, não acompanha todas as unidades da federação.
Nos cálculos do índice do BC, o país cresceu 0,88% no ano passado. O número oficial será conhecido nesta quarta-feira, com a divulgação das Contas Nacionais, do IBGE. A expectativa do mercado está em 1,1%.
Os números indicam que o crescimento em boa parte dos estados foi calcado no setor de comércio e serviços, os únicos com avanço em 2019. Em São Paulo, responsável por cerca de 30% de tudo o que é produzido no país, foram esses dois grupos os responsáveis por puxar a economia, assim como no Amazonas, estado com maior avanço no ano, de 4,61%.
No Rio de Janeiro, no entanto, foi a retomada da indústria de óleo e gás, com avanço dos campos do pré-sal, a responsável por tirar o estado da recessão após quatro anos. O estado fluminense terminou o ano com crescimento de 1,34%, acima do desempenho nacional.
Mesmo com o resultado mais espalhado territorialmente, o motor do crescimento nacional foi São Paulo. O estado terminou o ano com 2,75% de expansão, ritmo equivalente a três vezes o do país. Foi o terceiro ano de expansão do estado.