Santos será o primeiro porto sem papel

Publicado em
05 de Abril de 2010
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Começa a ser implantado - no maior complexo portuário do País, o de Santos - o "Porto Sem Papel", projeto idealizado pela SEP (Secretaria Especial de Portos) que prevê a criação de um sistema online, o qual gerenciará todas as operações portuárias em território nacional.

Segundo Fabrizio Pierdomênico, subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento do órgão, a ferramenta - que servirá para a troca de informações entre as entidades atuantes nos portos - será testada a partir da segunda quinzena deste mês nas instalações santistas a fim de desburocratizar, agilizar e tornar os portos brasileiros mais transparentes.

"Toda a operação no complexo sairá das pilhas de papéis para migrar para o portal", garante. Questionado sobre a escolha do porto paulista, Pierdomênico explica que foi uma exigência do ministro Pedro Brito, que comanda a pasta.

"Se conseguirmos implantar com sucesso no maior porto do País, o processo será mais facilitado Segundo Pierdomênico, projeto terá R$ 95 milhões do PAC 2nos demais complexos", acredita. Além disso, o executivo afirma que até o término deste ano, mais dois terminais contarão com a ferramenta: Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ).

O objetivo da medida é melhorar em até 60% a qualidade das operações portuárias e reduzir em até 25% o tempo de estadia dos navios atracados nos portos nacionais. Hoje, o tempo médio de permanência de uma embarcação em qualquer cais brasileiro é de 5,8 dias, enquanto na Alemanha, por exemplo, não passa de 7 horas.

Sobre os investimentos necessários, o subsecretário explica que, para a instalação nos três complexos - além da criação do sistema -, foram necessários R$ 22 milhões. Segundo ele, estes recursos são oriundos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Já para estender a solução online a outros portos públicos do País, Pierdomênico aponta que mais R$ 95 milhões - no período de quatro anos (de 2011 a 2014) - serão utilizados. De acordo com o executivo, estes recursos já estão garantidos por meio de segunda etapa do PAC.

Quanto às vantagens da medida, o representante é categórico. "Tempo é dinheiro. Por isso, a meta é reduzir os trâmites burocráticos. Em consequência, haverá uma redução nos custos. A soma destes fatores dará mais valor aos produtos brasileiros, conferindo maior competitividade ao País", argumenta.

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