Santos Brasil lança duas rotas fluviais no Tecon Vila do Conde

Publicado em
28 de Outubro de 2013
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Solução logística pioneira no Pará, o transporte regular de contêineres em barcaças oferece vantagens como mais agilidade, sustentabilidade e menor custo

A Santos Brasil está ampliando sua operação de transbordo fluvial de contêineres de cabotagem no Tecon Vila do Conde, em Barcarena, Pará. Duas novas rotas regulares para o transporte de contêineres em barcaças começaram a ser operadas no terminal com destino a Belém (PA) e Macapá (AP). Até então, as operações regulares estavam disponíveis apenas para a cidade de Altamira (oeste do Pará, às margens do Xingu).

As novas rotas consolidam o transporte de contêineres por balsas no terminal, solução logística lançada há um ano pela companhia de forma inédita, a exemplo do que ocorre na Europa e nos Estados Unidos.

O transbordo fluvial é mais seguro, proporciona maior agilidade e oferece menor custo aos clientes, além de ser uma opção de transporte sustentável a locais de difícil acesso. Até então, o transporte de carga conteinerizada para áreas interioranas era feito totalmente pela via rodoviária e as balsas eram utilizadas para transporte de carga em caminhões, o que encarecia muito o processo.

A proposta da Santos Brasil é continuar o mapeamento dos rios navegáveis viabilizando novas rotas fluviais para aumentar a abrangência de cidades atendidas. Para Adonis Garcia, diretor do Tecon Vila do Conde, o transporte de mercadorias por contêineres em balsas tem grande potencial de expansão, em razão da capacidade hidroviária da região e dos benefícios agregados aos clientes, como agilidade e custo menor. A operação também tem demonstrado forte crescimento junto às empresas que têm demandas de projetos locais como hidrelétricas, siderúrgicas e empreendimentos ligados à exploração mineral. Isso porque, o sistema possibilita a recepção de cargas dedicadas a grandes projetos industriais, que exigem planejamento específico.

Desde 2008, quando a Santos Brasil assumiu o terminal, os investimentos na unidade ultrapassam os R$ 30 milhões, ampliando sua capacidade operacional para 250 mil TEU (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Os investimentos englobaram expansão do pátio com mais 30 mil metros quadrados, aquisição de equipamentos, além de treinamento e capacitação de pessoal.

Além de seu grande potencial fluvial, a região é estratégica para a companhia devido à proximidade de rotas marítimas internacionais e ao acesso a todos os continentes, diretamente ou por meio dos portos concentradores do Caribe.

Atualmente, o Tecon Vila do Conde movimenta cerca de 35 mil TEUS ano, sendo a maioria de contêineres de longo curso.

Cabotagem: lingotes de alumínio

O Tecon Vila do Conde destaca-se também pelas operações de cabotagem (navegação marítima na costa do próprio país). Opção atrativa aos clientes que buscam agilidade nos serviços e redução de custos operacionais, a cabotagem tem como carro-chefe na unidade paraense o alumínio. O movimento desse tipo de produto é de cerca de 400 contêineres mensais.

O transporte dos lingotes de alumínio - como são chamadas as barras de metal fundido para uso industrial - por cabotagem trouxe uma nova solução para os embarcadores do material, que antes faziam o trajeto até Pindamonhangaba, no Estado de São Paulo, por via terrestre. Além da redução de gastos com o frete terrestre, o cliente aumenta suas condições de sustentabilidade.

De acordo com o diretor do Tecon Vila do Conde, nesse tipo de operação, a Santos Brasil não só embarca o produto no navio, como também é responsável por carregar a carga no contêiner antes do embarque.

Scanners: testes a partir de dezembro

A partir de janeiro, todos os contêineres com carga importada que passarem pelo Tecon Vila do Conde serão submetidos à inspeção por scanner. A Santos Brasil dará início à fase de testes do equipamento no mês de dezembro. A previsão é que os scanners estejam em pleno funcionamento até janeiro de 2014.

A implantação do novo sistema, que utiliza tecnologia de ponta, é uma exigência da alfândega para os terminais portuários e Clias (Centro Logístico e Industrial Aduaneiro) e permitirá maior eficiência na fiscalização de mercadorias pela Receita Federal.

Os scanners de raio X penetram até 300 milímetros de aço, o que possibilita a verificação do conteúdo dos contêineres sem necessidade de sua abertura para avaliação física. Para isso, basta que os caminhões com a carga importada passem pelo equipamento em velocidade baixa. São necessários apenas 30 segundos para que as imagens sejam captadas e armazenadas para serem colocadas à disposição dos órgãos responsáveis.

Em Vila do Conde, a companhia estuda também utilizar o equipamento para o scaneamento de cargas destinadas à exportação. A proposta é adequar o procedimento do terminal à tendência implementada pelos portos mundiais, como dos Estados Unidos, onde, além de vistoriar os materiais que chegam ao país, são scaneados também os que vão para o exterior a fim de garantir uma maior fiscalização.

Além do Tecon Vila do Conde, a Santos Brasil instalou os equipamentos nos demais terminais onde opera - Tecon Santos-SP e Tecon Imbituba-SC, além das unidades logísticas da empresa, os Clias.

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