Salve ócio

Publicado em
05 de Novembro de 2012
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Sempre encontro pessoas que reclamam da cultura da AmBev. Ou do Gerdau. Ou da Wallmart. Afirmam que são culturas “abrasivas”, muito duras, blá-blá-blá. Você certamente nunca assistirá a um vídeo no youtube ou nunca lerá um livro escrito por este grupo. Sabe por quê? Porque ninguém liga para eles. É um grupo de frustrados, de maus profissionais, que não conseguiram sobreviver em culturas superiores como a destas empresas e de muitas outras semelhantes, onde o sentimento de dono deve prevalecer, onde o senso de urgência é uma obrigação, onde o ato de trabalhar duro e obter resultados é o que interessa e onde a meritocracia impera.

Eles gostam é de moleza, odeiam a cobrança, os procedimentos escritos e auditados, os planos de ação e os indicadores com suas “metas cruéis”. Preferem a mediocridade expressa várias vezes na expressão “quero qualidade de vida”. Qualidade de vida para eles é o ócio. Salve o ócio. Quando o livro “O Ócio Criativo”, monografia do cientista do trabalho italiano Domenico De Masi foi editado, eles quase enlouqueceram de alegria. Aliás, leram somente o título, porque o texto é bem diferente do que se possa imaginar pelo nome do livro.

Você também nunca viu e provavelmente nunca verá uma estátua edificada em homenagem a um reclamão. Imagine passar no centro de Londres ou de Berlim, parar para admirar um monumento e perguntar: “quem foi este cidadão?”, e ouvir a seguinte resposta: “Esta é a estátua de um sujeito que reclamava muito!”. Sem chance, não é mesmo? Demita quem reclama constantemente, promova quem tem boa fé e vai em frente mesmo sem todos os recursos e era isto.

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