Segundo a Conab, economia foi constatada mesmo considerando as tarifas de uso do canal do Panamá
A utilização dos portos do Arco Norte como rotas de escoamento da soja pode levar a uma economia de até 35% no valor do frete quando se faz a opção pelas rotas marítimas do Pacífico. A informação é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou, nesta quarta-feira (24/2) o Boletim Logístico referente ao mês de fevereiro. A diferença foi constatada mesmo levando-se em conta a tarifa de utilização do Canal do Panamá.
O que se precisa para atingir esse índice de redução são algumas melhorias na infraestrutura, para adequar a realidade portuária brasileira a essas oportunidades, como a utilização do Canal do Panamá”, pondera o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth, em nota divulgada pela Conab.
Segundo ele, empresas brasileiras e terminais portuários assinaram acordo de cooperação e intercâmbio de informações com autoridades panamenhas. Análise dos técnicos da Conab indica que o uso do Canal do Panamá é importante para melhorar a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros.
Frete aquecido
Em relação ao mercado interno, o boletim da Conab informa que, com o início da colheita da soja em Mato Grosso, as contratações de frete ficaram mais aquecidas em janeiro. A depender da rota, os preços ficaram até 16% mais baixos que em dezembro de 2020. No entanto, na comparação com janeiro de 2020, os técnicos verificaram um aumento de até 18%.
Comparando os valores praticados no mês passado, as rotas rodoviárias rumo ao norte ficaram mais em conta para o agronegócio de Mato Grosso, indica o boletim da Companhia. Levar uma carga de Sorriso a Santos (MT) custou R$ 300 por tonelada de soja. Do mesmo município para Santarém (PA) custou R$ 220. De Sorriso a Miritituba (PA), o valor verificado pelos técnicos foi de R$ 160 por tonelada de soja.