RODOVIAS BRASILEIRAS PIORARAM, APONTA LEVANTAMENTO DA CNT

Publicado em
10 de Novembro de 2022
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O estado geral da malha rodoviária brasileira piorou em 2022. Esse foi um dos dados da Pesquisa CNT de Rodovias 2022, divulgada nesta quarta-feira. Pelo menos 66% dos quilômetros avaliados foram classificados como “Regular”, “Ruim” ou “Péssimo”. Em 2021, esse percentual era de menos 62%.

Houve piora também dos trechos federais e estaduais sob gestão pública. O estado geral na classificação “Ótimo” e “Bom” caiu.  Mais de 75% dessa malha rodoviária apresentam algum tipo de problema, sendo classificados como “Regular”, “Ruim” ou “Péssimo”.

Já os resultados da avaliação do estado geral das rodovias concedidas apontam que quase 70% dos trechos são classificados como “Ótimo” ou “Bom”. Para a CNT, o cenário é diferente porque, tradicionalmente, há um maior investimento feito pelas concessionárias em relação às aplicações realizadas pelo setor público.

Ainda assim, em 2022, as rodovias sob responsabilidade da iniciativa privada também apresentaram alguma piora. Em 2021, o estado geral “Ótimo” ou “Bom” dessas rodovias era de 74%, o que representa queda de mais de 5 pontos percentuais em relação a esse ano.

De acordo com a pesquisa, as empresas do transporte  de cargas podem ter um acréscimo de, em média, 33% no custo operacional que teriam caso as rodovias estivessem em estado Ótimo. Essas condições inadequadas provocam, ainda, danos ao ambiente e à saúde, já que aumentam as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, representam um custo de quase 5 bilhões de reais para os transportadores de cargas e de passageiros no Brasil.

Bruno Batista, diretor executivo da CNT, explica que os resultados são preocupantes e que são necessárias ações rápidas para evitar danos maiores.

Acidentes

Outro ponto importante, é que o custo dos acidentes supera o valor investido em infraestrutura rodoviária, realidade que poderia ser evitada com a melhora da pavimentação, sinalização e geometria das rodovias. Este ano, até agosto, estima-se que os custos dos acidentes atingiram mais de R$ 8 bilhões, enquanto o total pago em investimentos em rodovias federais foi de menos de R$ 4 bilhões.

A ideia desse levantamento é colaborar para o desenvolvimento do transporte  de cargas e de passageiros. A CNT avalia 100% da malha rodoviária pavimentada federal e as principais rodovias estaduais. Durante 30 dias, 22 equipes percorreram as 5 regiões do Brasil.

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