RN ganhará mais 14 parques eólicos

Publicado em
30 de Novembro de 2011
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Investimentos superam a marca de R$ 1 bi e deverão beneficiar Pedra Grande, São Miguel e São Bento do Norte. O Rio Grande do Norte deve receber mais 14 parques eólicos, um investimento superior a R$ 1,15 bilhão. A informação foi dada ontem pelo vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, durante entrevista coletiva com jornalistas de cidades-sede da Copa de 2014 no Nordeste, participantes de um workshop promovido pelo banco, no Rio de Janeiro.

Ontem a diretoria do BNDES autorizou o financiamento de R$ 839 milhões a dois grupos de investidores vencedores do último leilão de energia eólica. Os recursos serão utilizados para a compra de equipamentos nacionais entre aerogerados e torres. O grupo Soares Penido irá instalar dez parques nos municípios de Pedra Grande e São Miguel do Gostoso. O investimento chega a R$ 754,6 milhões, dos quais 557,1 milhões (73,8%) serão financiados pelo BNDES. O banco também irá financiar a instalação do sistema de transmissão de energia. Ao todo os parques terão 169,6 megawatts (MW) de potência instalada.

Outro município beneficiado pela eólica será São Bento do Norte, que receberá quatro parques do grupo Galvão Energia. O investimento será de R$ 401,4 milhões para a geração de 94 MW - o banco de desenvolvimento irá financiar R$ 282 milhões, o que representa 70,7% do montante.

Em 2010, o BNDES liberou R$ 805 milhões em financiamentos para o Rio Grande do Norte. Apesar do volume, o valor representa apenas 5% dos desembolsos do banco para o Nordeste - ainda assim proporcional ao peso do estado no PIB nordestino, com participação de 6,4% da geração de riquezas.

João Carlos Ferraz sugeriu que uma parte da produção dos equipamentos necessários ao funcionamento do parque poderia se localizar próximo a eles, alterando o entorno dos parques. "Se há no RN uma demanda tão importante, por que não localizar a produção de alguns componentes das torres no estado, no Nordeste?", incita.

MPX vai investir R$ 150 mi em eólica no Pecém (fonte: Diário do Nordeste)


O protocolo de intenções para a instalação de um parque eólico com 20 torres aerogeradoras nos arredores do Porto do Pecém foi assinado ontem pelo governador do Estado do Ceará, Cid Gomes, representantes da Cearáportos e da companhia brasileira MPX - subsidiária para energia da EBX, do empresário Eike Batista. Segundo informou o assessor da empresa cearense que administra o terminal, Luciano Arruda, o empreendimento irá gerar entre 40MWh e 50MWh e está orçado em R$ 150 milhões.


Reunidos em Fortaleza, as partes ainda acordaram para a criação de uma empresa, a qual será responsável pela administração do parque e terá a MPX como acionária majoritária. Arruda adiantou que a Cearáportos será sócia no negócio, "mas que a sua participação na joint- venture será pequena", cabendo a ela apenas a doação da área para a instalação das torres como investimento.


"A Cearáportos terá participação mínima. Afinal, não é objetivo nosso administrar parques. Estamos apenas contribuindo para a geração de energia limpa no Estado", reafirmou Luciano Arruda, lembrando que a eólica "já vem sendo discutida entre a MPX e o Governo do Estado desde 2009".


Energia em 2014


Ele ainda falou sobre a exigência de Cid Gomes para que, em 2014, já se produza energia a partir do empreendimento. E esta produção, entre 40MWh e 50MWh, terá fatia direcionada ao funcionamento do Porto do Pecém como parte do acordo entre as sócias.


"É do interesse do governador o desenvolvimento do Cipp (Complexo Industrial e Portuário do Pecém) associado à geração de energia limpa", afirmou. A quantidade de mega watts para o terminal, no entanto, ainda não foi estabelecida.


Área doada


Sendo necessária a criação da empresa para que o procedimento de instalação seja iniciado, o assessor da empresa cearense garantiu que parte dos 150 hectares onde é planejado instalar as torres já foi desapropriado e a outra está em análise.


De acordo com Arruda, a área corresponde às dunas próximas ao pátio de contêineres do Porto do Pecém. Sobre o cronograma para por em prática os planos estudados na manhã de ontem, ele disse que a agenda fica a cargo da MPX e que a próxima reunião do grupo se dará na Procuradoria Geral da União (PGE).


MPX desistiu de Paracuru


Já possuindo duas usinas termelétricas - uma em construção e outra em fase de conclusão - e uma solar (MPX Tauá) no Ceará, a subsidiária da EBX já possuía planos de instalar um parque eólico em Paracuru, segundo informações apuradas com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).


No entanto, o projeto que geraria 31,5 MWh a partir de 15 aerogeradores na localidade de Flexeiras, teve a licença prévia cancelada em maio deste ano. As informações repassadas pela assessoria de imprensa da superintendência ainda informaram que o documento tinha validade até 14 de janeiro de 2012.


Procurada, A MPX enviou uma nota afirmando que "está atenta a novas oportunidades no setor de energia e estuda a possibilidade da geração eólica no estado do Ceará".


Mais eólicas


Amanhã, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) irá votar a liberação da licença prévia para mais dois novos projetos de eólicas - o São Judas Tadeu e o Fontainha - a serem instaladas no Ceará. Ambas, segundo informou a assessoria da Semace, têm como local o município de Aracati. Em nota, afirmou que "a São Judas Tadeu terá capacidade para gerar 16,2 MW, em nove aerogeradores, em uma área de 89 hectares. A outra, denominada de Fontainha, terá oito aerogeradores e produzirá 14,4 MW. Seu terreno é de 117,57 hectares".

 

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