Na última reunião que aconteceu em Maringá, Valdívia (foto) comentou que o transporte no País é encarecido pela falta de infraestrutura nas empresas e nos portos. “O veículo é um prestador de serviços e todo prestador de serviço trabalha com tempo. Se ficar parado na carga e descarga sobra pouco tempo para fazer efetivamente o transporte”, ressaltou.

revista-carga-pesada-reunião-maringa-702x336O engenheiro explicou que o custo fixo do caminhão é rateado pelo número de viagens que ele faz. “Quanto mais ele fica parado, menos viagens tem para ratear o custo fixo. E aí que o transporte acaba encarecendo”, alega.

Ele ressalta que o transporte de grãos sofre mais que os demais segmentos porque tem muita concorrência. “É uma área fácil de entrar. Não tem barreiras. Quando um determinado setor está ruim, o transportador sai e vai transportar grãos. Quando o frete de grãos está bom, o transportador de outros segmentos também resolve carregar grãos”, justifica
O coordenador da Câmara de Agronegócios da NTC&Logística, Geasi Oliveira, admite que o setor não tem “cultura de fazer contas”. “Calculamos o combustível, o pneu, o salário do motorista, mas deixamos de lado outros custos que parecem invisíveis, mas são reais”, afirmou. A depreciação da frota, por exemplo, é um custo que não costuma aparecer nas planilhas das empresas, segundo ele.