Na última reunião que aconteceu em Maringá, Valdívia (foto) comentou que o transporte no País é encarecido pela falta de infraestrutura nas empresas e nos portos. “O veículo é um prestador de serviços e todo prestador de serviço trabalha com tempo. Se ficar parado na carga e descarga sobra pouco tempo para fazer efetivamente o transporte”, ressaltou.
O engenheiro explicou que o custo fixo do caminhão é rateado pelo número de viagens que ele faz. “Quanto mais ele fica parado, menos viagens tem para ratear o custo fixo. E aí que o transporte acaba encarecendo”, alega.
Ele ressalta que o transporte de grãos sofre mais que os demais segmentos porque tem muita concorrência. “É uma área fácil de entrar. Não tem barreiras. Quando um determinado setor está ruim, o transportador sai e vai transportar grãos. Quando o frete de grãos está bom, o transportador de outros segmentos também resolve carregar grãos”, justifica
O coordenador da Câmara de Agronegócios da NTC&Logística, Geasi Oliveira, admite que o setor não tem “cultura de fazer contas”. “Calculamos o combustível, o pneu, o salário do motorista, mas deixamos de lado outros custos que parecem invisíveis, mas são reais”, afirmou. A depreciação da frota, por exemplo, é um custo que não costuma aparecer nas planilhas das empresas, segundo ele.
A NTC e a Fetranspar promovem hoje na sede do Sindiponta, em Ponta Grossa (PR), uma reunião técnica sobre a formação da tabela de custos do transporte rodoviário. O palestrante será o engenheiro Antonio Lauro Valdívia Neto e o início está programado para as 18hs00. As inscrições podem ser feitas no site www.sindiponta.com.br