As energias renováveis, eólica e solar baixaram tanto de preço que as outras formas de geração de energia renovável ficaram esquecidas nos laboratórios, ou mesmo fechadas…
É que por todo o lado surgem parques eólicos e solares, e assim o investimento em outras tecnologias para produção de eletricidade – maremotriz, geotérmica, biomassa, etc… – tem vindo a ser reduzida, ou mesmo nula!
Mais, mesmo o investimento nos espelhos reluzentes nos desertos (que concentram a luz do sol em geradores térmicos) não conseguem competir com os preços dos painéis fotovoltaicos, e muito dificilmente virão a conseguir competir!
Aquando do desenvolvimento da indústria moderna na energia limpa, os investidores dividiram o seu dinheiro em todos os negócios que surgiam. Mas quem apostou nas energias eólicas e solares, tiveram grandes rendimentos, mas a grande maioria teve prejuízo!
O investimento nas energias renováveis
Fazendo contas… em 2004 o investimento nos painéis solares e os aerogeradores para produção de eletricidade receberam cerca de metade do investimento das energias renováveis, segundo dados da Bloomberg NEF (BNEF). Durante o decorrer deste ano (2018) essas mesmas energias renováveis absorveram mais de 90% do investimento mundial nas energias limpas!
Gabriel Alonso, executivo da Quantum Energy Partners, explica “Na verdade, as energias eólicas e solares conseguiram o seu espaço primeiro. Enquanto as outras fontes de energia renováveis ficaram no canto devido ao êxito das energias eólicas e solar, que agora lideram o mercado permanentemente”.
Gráfico Comparativo Investimentos Energias Renováveis
Fontes incompletas
Um pouco por todo o mundo, as energias eólicas e solares transformaram-se nas principais fontes de energia. Crescimento que se deve à desativação das antigas fábricas de carvão, que expelem para a atmosfera carbono! E a breve trecho espera-se que dominem o mercado, muito devido à baixa dos preços.
“Se as energias solares e eólicas estão baratas, porque é que devemos apostar noutra coisa? Se ainda por cima as outras fontes não têm grandes oportunidades de se aplicarem em massa”.
O investimento nestas energias também coloca novos desafios, pois os painéis e os aerogeradores não conseguem gerar eletricidade 24 horas por dia (o que seria ideal). Sendo que há formas de energia limpa que podem cobrir essa “falha”, nomeadamente a energia maremotriz (pois as ondas têm um movimento interminável e constante), mas o problema passa por não ter um preço competitivo que valha a pena investir.
Quanto às fontes geotérmicas, que usam bolsas de vapor subterrâneo que se podem explorar a qualquer altura, mas apenas se encontram em locais específicos. É certo que as baterias podem armazenar eletricidade até que se precise, mas continuam a ter custos elevados, se bem que estes preços estão a começar a cair rapidamente.
Chase, da analista da BNEF dá a receita para o futuro… “As energias solares e eólicas podem suprimir 80% das necessidades, mas ainda não garantem o todo. Assim, para que deixemos de usar por completo o carbono, temos que procurar outras fontes de energia. Há que começar a avaliar as energias que até ver não são baratas”.