Reajuste de 7,5% nos salários eleva custos em até 3,39%

Publicado em
19 de Maio de 2010
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O dissídio dos empregados em transporte rodoviário de cargas, ocorrido em maio, em todo o País, vai elevar os custos operacionais das empresas de carga fracionada em 2,93%, em média. O aumento pode chegar a até 3,39% nas distâncias mais longas.

A estimativa é do Departamento de Custos Operacionais e Estatística (Decope) da NTC&Logística, com base nos acordos coletivos realizados pelo SETCESP, que prevêem aumentos de 7,5% nos salários dos motoristas e do pessoal administrativo. Além disso, a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) passará de R$ 300,00 para R$ 350,00, um reajuste de 16,7%, valor 5,26% maior se comparado ao mês de abril do ano passado, estabelecendo um aumento real de 10,84%.

Na modalidade de carga lotação, o impacto do reajuste dos salários é relativamente menor, em virtude da natureza da operação, que tem um custo administrativo menor que a operação da carga fracionada. Na média distância (até 800 km), o impacto é de 1,27% sobre os custos operacionais, enquanto que, na longa distância, fica em torno de 1,18%.

"O momento positivo que vive o setor, caracterizado por elevação da demanda e recomposição tarifária, permitiu às empresas conceder reajustes superiores à inflação", afirma Neuto Gonçalves Reis, coordenador técnico da NTC&Logística. "No entanto, o empresário não pode esquecer de repassar esta elevação de custos para o embarcador." 

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