Randon divulga prejuízo

Publicado em
10 de Agosto de 2012
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A retração do mercado interno comprometeu o desempenho da Randon no segundo trimestre e levou o grupo a apurar prejuízo de R$ 4,7 milhões, revertendo o lucro líquido consolidado de R$ 89,2 milhões do mesmo período de 2011. Foi o primeiro resultado líquido negativo desde o primeiro trimestre de 2002, quando teve perda de R$ 559 mil em valores da época, e os números acumulados até junho levaram a uma revisão para baixo das projeções para todo o ano.

Segundo o diretor corporativo de relações com investidores, Astor Schmitt, o grupo que produz reboques e semirreboques rodoviários, vagões ferroviários, autopeças e veículos especiais reduziu de R$ 6,1 bilhões para R$ 5,1 bilhões a previsão de receita bruta total (com impostos e sem eliminação de vendas entre controladas), que em 2011 somou R$ 6,4 bilhões. A projeção de receita líquida consolidada foi revista de R$ 4,2 bilhões (valor igual ao do ano passado) para R$ 3,5 bilhões.

A Randon reduziu a previsão de investimentos de R$ 400 milhões para R$ 230 milhões no ano, com ajustes nos "cronogramas" de alguns projetos. A projeção para as exportações foi revista de US$ 330 milhões para US$ 280 milhões, ante os US$ 294,4 milhões registrados em 2011, mas Schmitt acredita que a queda será "amplamente compensada" pelo aumento das vendas das unidades da Randon Implementos e da Fras-le (lonas e pastilhas de freios) na Argentina, Estados Unidos e China.

No segundo trimestre, favorecidas pelo efeito do câmbio na conversão das receitas para reais, as exportações a partir do Brasil e as vendas das controladas no exterior cresceram 21,8%, para R$ 139,3 milhões. No mercado interno, as vendas recuaram 21,2%, para R$ 1,219 bilhão, e a receita bruta total encolheu 18,3%, para R$ 1,358 bilhão.

 

Randon vê melhora progressiva dos negócios no segundo semestre

Na área de vagões, a Randon observa produção até o fechamento do primeiro trimestre de 2013

A fabricante brasileira de reboques e implementos rodoviários Randon acredita na melhora progressiva dos seus negócios ao longo do segundo semestre deste ano. Astor Schmitt, diretor corporativo e de relações com investidores da empresa, afirmou há pouco em teleconferência com analistas que já percebe indicadores positivos após junho.

“Tivemos o pior semestre da década, mas ao mesmo tempo percebemos que o pior já passou e que as coisas no início do semestre já começam a mostrar progressiva melhora”, afirmou o executivo.
Schmitt esclarece que a empresa não espera um desempenho “espetacular” como o de 2011, mas que deve chegar perto com melhora até o fim do ano, para começar 2013 num cenário distante e diverso do atual. “Iniciamos 2012 com o pé no freio e devemos começar 2013 com o pé no acelerador.”

Segundo o diretor de RI já existem alguns sinais claros de melhora nos negócios da empresa. Para veículos rebocados, há um reaquecimento da demanda progressiva puxada pela melhora do cenário econômico e pela perspectiva de safra melhor para o ano que vem.

Na área de vagões, a Randon observa produção até o fechamento do primeiro trimestre de 2013, revertendo a quase paralisação da área no segundo trimestre deste ano. Para veículos especiais, que incluem máquinas de construção, a empresa deve seguir com o bom desempenho que apresentou, influenciado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) feito pelo governo e das consequentes compras de escavadeiras da empresa.

Nos negócios do exterior, a Randon acredita que as vendas devem continuar boas com aumento das receitas geradas pelo segmento. “Já tiramos o pé do freio e estamos progressivamente acelerando”, completa o executivo.

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