Randon deve registrar ano recorde no segmento pesado

Publicado em
06 de Novembro de 2013
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A renovação da frota brasileira de caminhões ao longo de 2013 tem contribuído para a maior fabricante de implementos rodoviários do País, a gaúcha Randon, alavancar as suas vendas. Em entrevista ao DCI, o gerente da companhia, Claude Padilha, afirma que o segmento pesado deve registrar um ano recorde.

"Na linha pesada, o setor tem passado por uma renovação da frota para se tornar mais competitivo e transportar mais carga. Teremos um ano fantástico neste segmento", comemora Padilha. De acordo com o executivo, o mercado deve fechar 2013 com uma produção de cerca de 70 mil implementos na linha pesada, contra 60 mil produzidos no ano passado. "Nos chamados rebocados, estamos tendo um ano fantástico", diz Padilha. Ele destaca que cerca de 35% desse total correspondem à participação da Randon no País.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), a razão do bom desempenho do setor está no ambiente de oferta de crédito. Desde o ano passado, o governo já havia anunciado as condições especiais do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para bens de capital (Finame), o que segundo a entidade, favoreceu o mercado, pois os clientes puderam se programar para ir às compras.

"A decisão de fixar duas taxas para o Finame, uma para cada semestre, permitiu que o mercado se programasse. Como resultado, estamos com desempenho positivo, recuperando as perdas de 2012", afirmou em nota o presidente da Anfir, Alcides Braga.

Ainda segundo a entidade, o setor deve registrar um incremento das vendas em torno de 12%, para 179 mil unidades, ante as 160,4 mil vendidas no ano passado. "O Finame contribuiu muito para aquecer a demanda. Foi um divisor de águas", afirma Padilha. Segundo o executivo, o segmento de agronegócios, que está em franca expansão, também tem puxado os negócios.

Porém, em 2012, o mercado de caminhões passou pela transição de motorização para o sistema Euro 5, o que derrubou as vendas de veículos e também de reboques e semirreboques. "O crescimento que teremos neste ano é praticamente uma recuperação do ano passado", informou a Anfir ao DCI.

Linha leve
A desaceleração da economia e o arrefecimento da renda do brasileiro contribuíram para um aperto nas vendas de carrocerias sobre chassis, usados em caminhões menores. "A linha leve é muito ligada ao consumo das famílias, que tem desacelerado neste ano", afirma Padilha.

O executivo explica que há cerca de quatro anos, o segmento leve vendia cerca de 60 mil unidades anualmente, volume que cresceu ano a ano até atingir 108 mil unidades em 2012. No entanto, neste ano, a produção deve cair quase 3%. "O cliente da linha leve, que geralmente tem menos crédito, está apertado", diz ele.

Segundo a Anfir, de janeiro a setembro deste ano, o segmento de carroceria sobre chassis entregou 80,2 mil unidades, ante as 81,3 mil produzidas em igual período de 2012. A entidade atribui o resultado ao desempenho negativo de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

"A distribuição destes produtos é feita, em sua maioria, por caminhões equipados com implementos rodoviários leves. Ainda que a queda do setor tenha sido pequena, impacta diretamente no desempenho de vendas da nossa indústria", explica o diretor executivo da Anfir, Mario Rinaldi.

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