Radares móveis vão monitorar velocidade de veículos no Arco Metropolitano

Publicado em
02 de Julho de 2014
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Limites serão de 100km/h para carros e 90km/h para caminhões

Inaugurado nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Luiz Fernando Pezão, o primeiro trecho do Arco Metropolitano, entre Caxias e Itaboraí, com 71,2 quilômetros de extensão, será aberto nesta quarta ao tráfego. A via terá limites de velocidade fixados em 100km/h para veículos leves e 90km/h para caminhões, que serão monitorados por radares móveis. Lineu Castilho, assessor da presidência do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), disse que o órgão assumiu a operação da rodovia com pessoal próprio porque ainda não é possível fazer uma licitação. Para isso, é preciso ainda oficializar a transferência da via da esfera federal para a estadual:

— Nós vamos operar com três reboques pesados, cinco leves e sete carros de fiscalização, 24 horas por dia. Teremos 20 radares móveis.

VIADUTO AINDA PRECISA SER CONCLUÍDO

Mas os motoristas devem ficar atentos, porque a sinalização de trânsito ainda é reduzida. Nesta terça-feira, placas estavam sendo instaladas. E, em alguns trechos, as obras não terminaram. Na altura de Tinguá, em Nova Iguaçu, operários concluíam nesta terça-feira a sinalização de mão dupla. Num trecho de cerca de 500 metros, o trânsito no sentido Itaboraí precisa ser desviado porque as obras de um viaduto ainda não foram terminadas. A previsão do estado é que o viaduto fique pronto ainda esta semana. Também não há cabines de telefone para pedir socorro, pois o sistema de comunicação por rádio ainda está em projeto. Falta também iluminação.

— Os postes e as luminárias começam a ser instalados a partir da semana que vem. Ao todo, serão quatro mil unidades, que funcionarão com energia solar. Devemos concluir o trabalho até o fim de agosto — explicou o subsecretário estadual de Obras, José Antônio Portela.

A estimativa é que 32 mil veículos circulem por dia pela via nos primeiros anos. Em 2030, o estado estima que o movimento chegue a 45 mil veículos diários, como reflexo do desenvolvimento econômico da região. Hoje, já existem 38 empresas obtendo licenças para se instalar ao longo do arco. Nesta terça-feira, carros particulares circulavam pela via, apesar de o trânsito não estar liberado.

O Arco Metropolitano corta a BR-465 (antiga Rio-São Paulo), a BR-116 (Via Dutra) e a BR-101 (Rio-Santos). As obras incluíram a construção de cinco acessos em rodovias estaduais para Xerém, Nova Iguaçu, Queimados e Japeri (dois). O secretário estadual de Obras, Vicente Loureiro, explicou que novos acessos à via poderão ser construídos:

— A construção de novos acessos estará condicionada a uma avaliação do impacto econômico, com base na demanda de veículos pesados dessas áreas.

Dilma participou da inauguração num palanque montado em Caxias. A presidente foi recebida por integrantes das escolas Beija-Flor e Grande Rio. Em seu discurso, ela afirmou que o arco abre oportunidades de crescimentos econômico e social para o estado. Segundo cálculos da Firjan, a obra tem potencial para acrescentar R$ 1,8 bilhão ao PIB do Rio, reduzir em até 20% o custo do transporte de carga e gerar mais de R$ 343 milhões em receita anual com impostos.

DILMA LEMBRA IMPREVISTOS DA OBRA

A presidente afirmou que a execução de uma obra do porte da do Arco Metropolitano é complexa, e podem ocorrer imprevistos. Ela lembrou os atrasos provocados pela descoberta de sítios arqueológicos e de uma espécie de perereca ameaçada de extinção. Para preservá-la, foi construído um viaduto sobre um lago.

— Cada sítio arqueológico exigiu uma revisão, quase paralisação da obra. Para cada desapropriação, foi a mesma coisa. Aí tivemos também a história da perereca. Todo mundo ria da perereca, a dona Filó. O nome dela é sofisticado: Philosomo... não sei das quantas. Sinteticamente, a dona Filó deu um trabalhão — disse Dilma.

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