Radares da Fernão Dias começam a multar

Publicado em
02 de Novembro de 2014
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Equipamentos foram instalados há quatro anos

Luciano Alves Pereira

Revista Carga Pesada

No dia 24 de outubro, dois caminhões desciam o km 525 da Fernão Dias (BR-381) e, sabe-se lá por quê, se embolaram na pós-travessia do viaduto dos Queias. Foi mais um incidente no conhecido trecho crítico da serra de Igarapé, sentido SP. A geometria da pista de morro abaixo conserva-se intacta desde os idos de 1959, quando foi inaugurada. Veio a duplicação nos anos 1990 e seu traçado manteve-se tal qual. Há exatos sete anos, houve a entrega de toda extensão até São Paulo, à concessionária OHL, hoje substituída pela Arteris. Lentamente, a operadora começou a sinalizar a descida de 6 quilômetros, a qual escorre por rampa imprópria (para o tipo de corredor viário) de mais de 10%. No início de 2011, finalmente, foram instalados quatro radares entre os km 523,2 e 525,8 (clique aqui para ler).

radar minas gerais

Os radares estão esperando na serra de Igarapé desde início de 2011

A ‘velocidade de corte’ informada pela sinalização vertical era de 60 km/h para caminhões e 80 km/h para autos de passeio. Os pisca-alertas dos equipamentos começaram a chamar a atenção dos descentes e as ocorrências diminuíram. Não havia a confirmação se a PRF já estaria multando, mas na dúvida, pé no freio. Ditas luzes de aviso piscaram por longos três anos: 2011, 2012, 2013. Sem autuarem. Com o tempo, a moçada ficou sabendo de sua inoperância e, pau na máquina.
Veja ilustre usuário que somente em 2014 a ANTT firmou convênio com a PRF e a própria Arteris, controladora e operadora da Autopista Fernão Dias. Enfim, vão se iniciar as punições a partir de 17 de novembro. A PRF emitirá as notificações. Os multadores fotográficos são um recurso inevitável hoje, embora muita resistência os tenha mantido longe das estradas, ruas e avenidas. No caso da Fernão Dias, a concessionária avisa que não apenas os dois do ‘despenhadeiro’ de Igarapé estarão funcionando. Desde São Paulo até Betim (MG), 19 dispositivos tentarão ‘cercar’ os apressados. Metade fica na pista sentido norte (para BH), o outro tanto, sentido sul. Sempre elegendo pontos críticos para monitorar. Entre outros, a mortal serrinha de Carmo da Cachoeira (MG), no km 712,7.

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