Segundo o organizador da carreata, José Carlos Segantini, 39 anos, só em Campo Grande, atualmente são gerados mil empregos diretos. “Com esse monopólio estão tirando o serviço de 100 caminhoneiros, em média, todos os dias”, disse.
José Carlos alega que a empresa JBS começou a comprar os frigoríficos e fechá-los causando várias demissões para os caminhoneiros. Eles protestam ainda contra os valores abusivos do frete que o frigorífico cobra. “Eles fazem o transporte 40% mais barato que a nossa categoria, e isso gera muito desemprego , comenta.”
Durante a carreata, os motoristas ficaram cerca de 10 minutos em frente a Câmara Municipal de Campo Grande onde fizeram um buzinaço, logos depois eles seguiram para a governadoria onde protestaram pela distribuição do gado magro. De acordo com José Carlos, o objetivo é chamar a atenção de todos, inclusive das autoridades para o problema.
“Estamos buscando um acordo com esse frigorífico para distribuição do trabalho que ele vem monopolizando no Brasil inteiro”, conta o organizador que explica que o gado magro não está pronto para o abate, ele é levado para a fazenda para a engorda. “Eles estão fazendo um transporte que não é deles, é nosso”, conta ele ao falar que a JBS deve fazer apenas o transporte do gado gordo.
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria da JBS, que informou que com relação ao frete a empresa segue as regras de mercado. Sobre o transporte, a assessoria informou que a JBS possui uma transportadora. “Ela pode estar sendo contratada para transportar boi magro de uma fazenda para outra. Para o frigorifico, só transporta boi gordo para o abate. Não existe qualquer tipo de monopólio”, afirma.