A prefeitura de São Paulo já começou a trocar as placas de trânsito referentes ao limite de velocidade na Marginal Pinheiros. A velocidade máxima sobe a partir das 6h do próximo dia 25, data do aniversário da cidade. Até lá, a nova sinalização deve ficar tapada por plástico preto.
Equipes da Prefeitura realizavam a instalação das novas placas na altura da Ponte Octavio Frias de Oliveira, mais conhecida como Ponte Estaiada, e próximo ao Viaduto República da Armênia, que liga a marginal à Avenida dos Bandeirantes, na tarde desta terça-feira (17).
A partir do dia 25 de janeiro, o limite de velocidade subirá nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê, conforme anunciado pelo secretário de Transportes da gestão João Doria (PSDB), Sérgio Avelleda.
Na pista expressa das duas marginais o limite volta a ser de 90 km/h para veículos leves, na pista central da Marginal Tietê, o limite será de 70 km/h e, nas pistas locais, 60 km/h.
Na faixa da direita da pista local, pela qual transitam os ônibus e que permite a conversão à direita, a velocidade será mantida em 50 km/h.
O limite de velocidade para veículos pesados será de até 60 km/h em todas as pistas, com exceção da local, onde será até 50 km/h. Doria afirmou que não pretende aumentar a velocidade em outras vias da cidade.
De acordo com Doria, o dia 25 não vai marcar apenas a mudança da velocidade das marginais, mas de todo o sistema das vias. "No dia 24 faremos a apresentação de todo esse projeto, de forma detalhada para que a população possa conhecer todos os itens que compõem a nova operação da Marginal Segura nos 23 km das marginais Tietê e Pinheiros. Não é apenas a requalificação das faixas de velocidade. É todo um programa de segurança", limitou-se a dizer.
Redução
Em julho de 2015, o então prefeito Fernando Haddad (PT) reduziu o limite das velocidades máximas e, um ano após a medida, o número de acidentes com vítimas (mortas ou feridas) caiu 37,5% nas vias, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A iniciativa compôs o Programa de Proteção à Vida, criado pela gestão petista.
Doria afirmou que não teme um possível arrependimento, caso o número de mortes volte a subir com a mudança da velocidade: "Eu sou o prefeito da cidade de São Paulo para fazer o que precisa ser feito. Não sou uma pessoa com medo ou temores. Nós vamos agir em tudo aquilo que for necessário agir, porém fazer isso de forma conscienciosa, planejada e bem articulada".