Levantamento sinaliza que os custos de mão de obra do caminhoneiro tiveram redução significativa no valor repassado ao frete
De acordo com dados do Índice de Frete Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o terceiro trimestre de 2022 com média de R$ 7,87, um acréscimo de 11%, em relação ao trimestre anterior, e de 56%, se comparado ao mesmo período de 2021. Entre os meses de 2022, o valor do frete vem apresentando oscilações entre recuo e altas e, no comparativo entre agosto e setembro, a redução chegou a 4,6%.
De acordo com as informações pelo Repom, no acumulado de 2022, o preço médio do frete por km fechou em R$ 7,10. Dentro deste valor, 40,12% corresponde a gastos com combustível; 34,45% a custos com o caminhão; e 9,57% a impostos. Ainda, o IFR apurou que o percentual de custo de mão de obra do caminhoneiro na composição do preço médio do frete diminuiu de 14,82%, ante o ano passado, para 12,12%, neste ano.
O IFR também apurou que, em 2021, 14% da frota de caminhões que circulam nas rodovias do Brasil tinha idade média de até três anos; 29% entre 4 a 10 anos; 43% entre 11 e 20 anos; e 12% com mais de 20 anos.
Mercadorias e preço do frete
Na análise das mercadorias transportadas que mais oneram o preço do frete, o IFR identificou que o valor médio, no segmento do agronegócio, aumentou 65% em 2022 em relação a 2020. Na análise detalhada sobre o tipo de mercadoria com maior custo médio de frete, o milho e a soja são os campeões de variação desde 2016. Se comparado a 2021, neste ano, o frete do milho ficou 67% mais caro, e o da soja 33%.
Já o aço, metal e cimento, tiveram um incremento de 132% no preço médio do frete por km em relação a 2020. O preço para transporte dos itens como pedras, britas, mástique e cimento cresceu 64%, em relação a 2020; e do ferro, cobre e aço, 47%.
Os dados foram divulgados pelo Repom.