Menos de 30 carretas são carregadas por dia. Na safra passada, número chegava a 50
Uma cooperativa de Campo Verde ainda tem milho a céu aberto. Faltam caminhões para fazer o escoamento. Na safra passada, eram carregadas até 50 carretas por dia na empresa, hoje os números não chegam a 30.
A dificuldade de transporte também atingiu a safra de algodão. Um levantamento do Imea mostrou que de julho a agosto, o acréscimo no transporte da pluma foi de mais de 40%.
Em relação à safra passada, o aumento também é considerável. O frete da pluma, de Campo Verde para o Porto de Paranaguá, no Paraná, custava R$ 200 a tonelada no ano passado. Agora gira em torno de R$ 250. O custo de uma carga completa com 28 toneladas passou de R$ 5.600 para R$ 7 mil.
Outro fator que influencia o preço do frete é a nova lei que regulamenta a profissão de caminhoneiro. Com mais restrições à jornada de trabalho e regras rígidas de segurança, o número de viagens no mês acaba diminuindo. Com menos oferta, o serviço fica mais valorizado.
Frete do algodão aumenta até 40% em 30 dias (MT Agora)
Neste ano, o custo para o escoamento da produção do algodão tem deixado os agricultores preocupados, já que os valores destinados para o frente estão até 15% mais caro do que foi registrado na safra passada. Em 30 dias, os gastos aumentaram acima dos 40%, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em valores, significa que o custo com o frete passou de 190 reais a tonelada para 273 reais em um mês, levando em conta o percurso entre o município mato-grossense de Campo Verde.
Segundo o Imea, mais da metade do algodão do ciclo 11/12 já foi beneficiado. O preço do frente, que representa até 2% do custo total na produção da pluma e quase 5% no gasto com o plantio do milho, continuará alto até outubro.