Preço do diesel sobe 8 vezes em um ano em Mato Grosso, aponta ANP

Publicado em
18 de Janeiro de 2017
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Preço pago pelo diesel em janeiro de 2017 é o maior em um ano, diz o órgão. Segundo os caminhoneiros, reajuste no diesel influencia o preço do frete.
 
Em um ano, o preço médio do óleo diesel subiu oito vezes em Mato Grosso, segundo um levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O valor pago pelo petróleo em janeiro deste ano é o maior preço no período. Os reajustes, de acordo com o Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso), são feitos após avaliações mensais, que levam em conta, por exemplo, a análise cambial do mês.

Em janeiro de 2016, o preço pago pelo litro do combustível era de R$ 3,266. Em contraponto, o valor pago em janeiro deste é de R$ 3,361.

De acordo com o representante do órgão, Nelson Soares, os aumentos foram maiores nos últimos 90 dias. Com o aumento no preço do diesel, os preços são repassados paras distribuidores e chegam até as bombas.
 
Para o caminhoneiro Gilmar Marinho, a categoria é a mais prejudicada com o aumento, que é repassado no valor do frete. “Tem que ser passado para frente, caso contrário, o motorista não ganha nada”, afirmou.

Segundo ele, o valor gasto com o combustível chega a consumir 60% do lucro final. “Antes você gastava 35% com o diesel. Hoje é esse valor desumano”, disse, explicando, que o aumento do insumo é o que mais impacto o preço do frete.

Já para o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso, Miguel Antônio Mendes, o maior problema é que o aumento do diesel não é repassado no valor do frete. “O transportador não tem poder de negociação e quando lançam um preço para o serviço o trabalhador acaba aceitando. Por isso, cada aumento é absorvido pelos transportadores”, afirmou.

De acordo com Mendes, os custos são maiores que as receitas, atualmente. “Estamos lutando agora para conseguir uma tabela mínima para cobrir os gastos e ainda haver lucro”, disse.

Para protestar contra a queda no preço do frete e o aumento no combustível, os caminhoneiros fecharam três rodovias federais que cortam o estado. Ao todo, são cinco trechos das BRs 264, 163 e 070, em Rondonópolis, Nova Mutum e Primavera do Leste.

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