Praças de pedágio e os bitrens nas BRs 163 e 364

Publicado em
12 de Janeiro de 2015
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saulo moraes- advogado - 10-05-12 (2)

Provavelmente ainda neste ano de 2015 as praças de pedágios existentes nas rodovias 163 e 364 que cortam o centro oeste brasileiro viverão o caos das filas, em razão do grande fluxo de caminhões bitrens.

Rio Grande o Sul e São Paulo são alguns estados que já estão tendo esse problema. Medidas estão sendo tomadas pelos governos para corrigir e coibir esse abuso das concessionárias, que na ânsia de ganhar dinheiro fácil e rápido não aumentam o número das cabines de cobranças, e acabam assim prejudicando a todos que utilizam dessas rodovias.

Imagine uma praça de pedágio com apenas três cabines para um fluxo de 10 caminhões bitrens por minuto. Isso poderá sim ocorrer em Mato Grosso. Esse estado transporta para o sul do País milhares de toneladas de grãos. O transporte terrestre é o principal meio desse movimento de produção agrícola.

Poucos sabem que há um limite para as filas nas praças de pedágio. A regra dispõe que acima de 400 metros de fila em horário de pico as cabines são obrigadas a liberar a passagem dos veículos sem cobrança de pedágio. Caso a demora perdure mais de 15 minutos ou a fila for maior de 200 metros nos horários de menor movimento, as concessionários deverão levantar as cancelas para fluir o tráfego. Nesses contratos federais das BRs 364 e 163 já estão valendo essas regras. Há também outra regra que permite o aumento da tarifa de até 3% se houver redução do número de acidentes para baixo da meta estabelecida, bem como redução da tarifa para pistas em manutenção. Sem maquiagem, é claro.

Segundo especialistas, a solução para diminuir as grandes filas nas praças de pedágio será a cobrança automática com instalação de chips nos para-brisas: as empresas proprietárias de veículos poderá optar pelo sistema pré e pós-pagos. Outra ideia é o dimensionamento do número de cabines abertas, conforme a intensidade e composição do fluxo de tráfego e horário.

A certeza é uma só: a região sudeste de Mato Grosso viverá a partir dos próximos meses esse caos nas praças de pedágio das BRs 364 e 163. Oxalá a Prefeitura da cidade iniba aqueles caminhoneiros que, para evitarem as filas e o pagamento do pedágio, entram nas estradas vicinais e acessam a zona urbana, contribuindo ainda mais para piorar as condições das vias central e rural do município. Que se aplique a esses infratores a Resolução do Conselho Nacional do Trânsito (CONTRAN) atinente a essa situação. E que o PROCON fique atento a esse futuro problema.

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