Portos do norte receberão cinco vezes mais grãos

Publicado em
11 de Novembro de 2013
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Itaqui, Outeiro, Vila do Conde, Santarém, Santana e Itacoatiara são a esperança dos produtores de Mato Grosso

Em 12 anos, a quantidade de grãos a ser exportada pelos portos do Arco Norte (Itaqui, Outeiro, Vila do Conde, Santarém, Santana e Itacoatiara) vai ser quase cinco vezes maior que a atual. Quem faz a afirmação é Edeon Vaz Ferreira, coordenador do Movimento Pró-logística de Mato Grosso, ligado à Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja).

Toda a soja produzida acima do Paralelo 16 – linha imaginária que passa perto de Cuiabá, no mesmo sentido da linha do Equador – deve ser escoada pelos portos do Arco Norte, e não mais pelos do Sudeste e Sul, diz o coordenador do Pró-logística.

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O Arco Norte é um conjunto de seis portos (alguns marítimos, outros fluviais) formado por Itaqui, no Maranhão; Outeiro, Vila do Conde e Santarém, no Pará; Santana, no Amapá; e Itacoatiara, no Amazonas.

Segundo Ferreira, atualmente eles são capazes de escoar 13,8 milhões de toneladas – o que é pouco. Mas, com a construção de novos terminais e de obras de infraestrutura rodoferroviária, sua capacidade subirá para 66 milhões de toneladas em 2025.

Para a soja produzida no Sul de Mato Grosso, abaixo de Cuiabá, o mais viável continuará sendo o escoamento por via ferroviária, pela ALL, até Santos, ou por caminhão até Santos ou Paranaguá.

A novidade para a próxima safra é a chegada do trem a Rondonópolis. O terminal da ALL na cidade foi inaugurado em setembro. Até então, a maior parte dos grãos era levada até o terminal de Alto Araguaia, na divisa com Goiás. Para o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, a mudança por enquanto está para pior. “Não vai levar mais grãos porque a quantidade de vagões é a mesma. E o congestionamento de caminhões agora foi transferido para uma cidade maior, o que agrava o problema”, explica.

Batizada de Capital do Bitrem, Rondonópolis já vivia longos congestionamentos antes do terminal da ALL. Agora, de acordo com Mendes, a situação piorou. “Imagine como será no pico da safra”, declara.

Pacífico

Ao contrário dos produtores de Mato Grosso, os de Mato Grosso do Sul buscam uma saída pelo Oceano Pacífico.Clique aqui para saber mais a respeito.

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