Por mês, 280 toneladas de excesso de peso são flagradas em cargas

Publicado em
30 de Junho de 2017
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O excesso de peso em caminhões é um dos fatores que protagonizaram a tragédia ocorrida na semana anterior na BR 101, em Guarapari

Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com base em ocorrências registradas em 2016, mostra que, em média, a fiscalização flagra 230 toneladas a mais por mês em cargas nas estradas. No ano passado, a PRF autuou 2.770 toneladas de excesso de peso. Nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 1.400 toneladas de excesso de peso foram retiradas de caminhões nas rodovias federais do Espírito Santo. Ou seja, neste início de ano essa média aumentou para 280 toneladas.

O excesso de peso foi um dos fatores que protagonizaram a tragédia ocorrida na semana anterior na BR 101, em Guarapari. O acidente resultou em dezenas de mortes, após a colisão entre uma carreta de granito, um ônibus de viagem e duas pequenas ambulâncias. O presidente do Sindicato das Empresas de Rochas Ornamentais do Espírito Santo (Sindirochas-ES), Tales Machado, confirma que o excesso de peso em transporte de cargas pesadas nas estradas do Espírito Santo é elevado. Para ele, somente uma fiscalização eficiente pode evitar acidentes com o transporte de rochas.

O representante do setor diz que as empresas fazem uma estimativa do peso das rochas que serão transportadas, com uma margem de erro de 10% a 15% do peso, mas a medida certa só é possível de obter por meio de balanças nas rodovias. "Lá na pedreira você tira as medidas do bloco e faz uma estimativa. Para ter certeza, só levando o carro na balança. A Polícia Rodoviária Federal faz isso: uma fiscalização por amostragem. Os casos que ela pega com perspectiva de excesso, ela leva para a balança. Agora, existe muito excesso", declara.

FISCALIZAÇÃO RÍGIDA

Machado diz que as empresas de rochas que contratam o transporte devem procurar saber também a qualidade da carreta que transporta o produto. Ele defende uma fiscalização rígida. “A legislação diz o seguinte: a empresa que carrega tem responsabilidade, a transportadora tem responsabilidade e até quem compra tem responsabilidade. Tem que prender, tem que parar os carros. Se o carro não está de acordo com a legislação, não pode andar na BR”, comenta.

Há anos que o sindicato faz um trabalho de conscientização com as empresas para discutir a responsabilidade do setor
Presidente do Sindirochas

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