Ponte do Estreito dos Mosquitos será interditada amanhã

Publicado em
27 de Novembro de 2017
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Segundo o Dnit, a interdição da Ponte Marcelino Machado, no Estreito dos Mosquitos, vai até o dia 22 de dezembro. O tráfego será desviado pela ponte da direita

O Dnit informou que a Ponte do Estreito dos Mosquitos será interditada a partir desta segunda-feira, 27, até o dia 22 de dezembro. O tráfego interrompido será desviado pela ponte da direita (sentido saída de São Luís). Ainda segundo o órgão, nessa fase das obras, a interdição é necessária para que possam ser realizados os serviços de protensão com macacos hidráulicos das cordoalhas (cabos de aço) e o envelopamento com concreto das cordoalhas. Estes serviços só podem ser executados sem tráfego sobre a ponte, de modo a obedecer às normas técnicas e evitar o aparecimento de efeitos patológicos deletérios (trincas e rachaduras) nos serviços a serem executados.

No local onde as obras já acontecem é possível ver que os problemas das rachaduras já foram resolvidos e as estruturas estão todas prontas para a fase final de obras. Na parte de cima da ponte alguns problemas ainda são percebidos, como um buraco no asfalto que obriga os motoristas a reduzir bruscamente a velocidade ou desviar para a outra faixa. Além disso, em vários pontos da ponte o guarda-corpo está danificado, com partes do cimento quebradas e sem algumas das barras de ferro que promovem a segurança de pedestres que atravessem o local.

Todos esses problemas devem ser resolvidos com as obras que serão realizadas a partir da interdição, ao menos é o que espera Romário Costa, morador da Estiva há 30 anos e que passa diariamente pela ponte para trabalhar. “Eu já passo aqui há muito tempo, sempre de manhã bem cedinho e no fim da tarde”. A obra está orçada em R$ 2.458.165,61 (dois milhões, quatrocentos e cinquenta e oito mil, cento e sessenta e cinco reais e sessenta e um centavos).

A informação de que a Ponte Marcelino Machado, sobre o Estreito dos Mosquitos, único acesso por terra a São Luís, seria interditada para obras deixou muitos motoristas com a pulga atrás da orelha. Questionamentos sobre a qualidade da estrutura, se oferece riscos aos veículos, ou se a obra irá interferir negativamente no trânsito da região surgiram entre pessoas que passam pelo local com frequência.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela obra, os serviços emergenciais de recuperação vêm sendo executados desde o mês de julho deste ano e são necessários para garantir a trafegabilidade com segurança sobre o rio.

Necessidade e reparos

Em 2016, algumas rachaduras na parte inferior da ponte chamaram a atenção do Dnit para possíveis problemas. Em novembro, após uma inspeção extraordinária, o Departamento constatou a necessidade de reparos, ainda que não houvesse riscos para os usuários da rodovia que trafegavam pela ponte.

Segundo o informações do órgão na época, considerando a deformação do tabuleiro (laje), que provoca a elevação das cargas móveis atuantes, as manifestações patológicas (deformações) encontradas e, ainda, as intervenções já realizadas na estrutura da ponte, o Dnit decidiu pela contratação de empresa, em caráter emergencial, para execução de reforços na estrutura dos dois vãos.

Com 450 metros de comprimento, a ponte localizada no KM 24,30 da BR-135 tem um fluxo intenso, principalmente de veículos de carga que passam diariamente trazendo carregamentos de todos os tipos. Para alguns caminhoneiros a preocupação com a integridade da ponte é importante, porém a interdição neste período do ano pode ser prejudicial para eles.

Segundo o motorista de caminhão Ângelo Rinaldo, o trânsito é maior no período de férias, o que causará atrasos nas entregas. “Eu acho que nesse período é ruim ficar fechado um lado, porque tem muita gente viajando, e as empresas também aumentam as entregas. Aí a gente vai chegar aqui e vai ficar parado um tempão esperando para passar. Caminhoneiro tem prazo para entregar e isso vai atrapalhar a gente”, afirma.

O inspetor da Policia Rodoviária Federal, Antônio Noberto, explica que, mesmo que haja engarrafamentos, a sinalização que será colocada e esquema de orientação do trânsito na área possibilitarão o andamento do fluxo de veículos. “Deve acontecer um pequeno engarrafamento na entrada de São Luís, mas não creio que seja muito grande. Até porque vai estar bem sinalizado e o asfalto está em boas condições para os motoristas transitarem na ponte”.

Sinalização

A operação para a orientação do trânsito contará com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. De acordo com Antônio Noberto da PRF, “a sinalização que começou a ser colocada desde a sexta feira (24) foi pensada para alertar motoristas em uma distância segura e garantir que não haja problemas com o fluxo nos dois sentidos sobre a mesma ponte. Vão ter cones e placas sinalizando com um quilometro de distância antes da ponte interditada. Sobre a ponte também vão ter cones sinalizando para que os motoristas se dirijam para a esquerda, na ponte nova, para atravessar. Haverá sinalização noturna, com iluminação para alertar os motoristas. Acredito que talvez só nos dois primeiros dias seja necessária a sinalização de Pare e Siga, mas estaremos apostos para estarmos lá quando for preciso”.

Noberto lembra os condutores de veículos que durante o período de interdição da Ponte Marcelino Machado a atenção à sinalização e o respeito às leis já fixadas para o trânsito em rodovias é essencial. “A orientação aos condutores é que obedeçam a sinalização que estará colocada no local e também que trafeguem sempre com o farol aceso, como já manda a lei, porque quando você está na contramão mais do que nunca é preciso trafegar com o farol acesso”.

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