Policial rodoviário federal é suspeito de cobrar propina na Paraíba, diz PF

Publicado em
19 de Novembro de 2015
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'Operação Solitário' foi deflagrada na manhã desta terça-feira (17). Dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão foram cumpridos.

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (17) desarticulou um esquema criminoso que seria realizado por um policial rodoviário federal na Paraíba. De acordo com a PF, o agente é suspeito de corrupção ao cobrar e receber propina para evitar aplicar a lei em casos de infrações de trânsito.

Durante a operação, dois mandados de prisão temporária, quatro de busca e apreensão e três de condução coercitiva foram cumpridos por 30 policiais federais, nas cidades de João Pessoa, Bayeux e Pilar. Estão detidos o policial e um motorista de caminhão guincho.

Segundo a Polícia Federal, em um dos casos investigados, o suspeito recorrentemente exigia propina do chefe de atividades de transporte de uma prefeitura de um município paraibano. Em outro caso, o policial teria pedido a um motorista de caminhão guincho para buscar uma televisão na casa de um cidadão, em troca do dono do aparelho não ter uma motocicleta apreendida. A polícia explica que o policial teria pedido dinheiro ao cidadão, que não tinha o valor.

“Hoje mesmo uma pessoa confessou que chegou a pagar proprina para o policial rodoviário federal. Essa pessoa, com riqueza de detalhes, narra que o policial, inicialmente, para liberar o reboque dessa pessoa, exigiu R$ 1.500. Mas, ao final da negociação, essa pessoa pagou apenas R$ 250. Por isso, a pessoa vai responder por corrupção ativa e o PRF por corrupção passiva. Porque ambos cometem crime nesse caso”, explicou o delegado da Polícia Federal, Raoni Aguiar.

A PF explica que este tipo de conduta era recorrente ao suspeito, que trabalha na instituição há 16 anos. Os casos foram denunciados à superitendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acionou o Ministério Público Federal, que, por sua vez, solicitou a abertura da investigação da Polícia Federal. “A investigação vai ser finalizada, certamente ele vai ser indiciado e, posteriormente, denunciado pelo Ministério Público Federal. Caso condenado, ele pode vir, inclusive, por efeito da sentença condenatória, perder o emprego”, comentou Aguiar.

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