O PIB (Produto Interno Bruto) do setor de transporte, armazenagem e correio cresceu 2,2% em 2018, chegando a R$ 256,08 bilhões. O índice é o dobro do crescimento do PIB total da economia, que avançou 1,1% no ano passado, atingindo R$ 6,83 trilhões. Os dados constam do Boletim Economia em Foco divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta segunda-feira (11).
Trata-se do segundo ano consecutivo de alta no setor, após queda por dois anos. Enquanto em 2015 a retração foi de 4,3% e, em 2016, de 5,6%, os serviços de transporte avançaram 1,2%, em 2017, e 2,2%, em 2018. Mesmo com os efeitos negativos da paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio passado, as atividades transportadoras desempenharam um dos melhores resultados da economia, ficando atrás apenas de atividades imobiliárias (+3,1%), comércio (+2,3%), indústria da eletricidade e serviços correlatos (+2,3%).
O trabalho da Confederação ressalta que avanço não significa que o setor transportador já tenha se recuperado da recessão econômica ocorrida entre 2014 e 2016. O PIB do transporte registrado no ano passado, por exemplo, está no mesmo nível registrado em 2011. Segundo o boletim, para retornar ao pico alcançado em 2014, ainda é necessário crescimento de cerca de 6,5%, o que só deve ser verificado em meados de 2020.
Expectativa
Segundo o Economia em Foco, as expectativas para 2019 são positivas, uma vez que as projeções para a expansão do PIB neste e no próximo ano estão em torno de 2,5%. Além disso, 74,2% dos empresários do setor de transporte ouvidos na Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 acreditam que, neste ano, o setor estará em situação melhor em relação aos dois últimos.
“A CNT acredita que a condução da economia pelo novo governo caminha na direção correta, mas defende ações mais céleres e ambiciosas para solucionar os problemas da infraestrutura de transporte no país”, diz o trabalho. Entre as medidas citadas, estão simplificação tributária e melhor alocação dos recursos públicos.