Boletim destaca que o PIB do setor de transportes, armazenagem e correios cresceu 0,9% de abril a junho, comparado ao trimestre anterior e 4,2% no semestre
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) publicou, na quarta-feira,6, novo Boletim de Conjuntura Econômica destacando que o PIB do setor de transportes, armazenagem e correios cresceu 0,9% de abril a junho, comparado ao trimestre anterior. No semestre, o indicador obteve crescimento de 4,2%, taxa superior ao desempenho do nacional que ficou em 3,7% no mesmo período.
O Boletim também observa que, na proposta de PLOA (Projeto Lei Orçamentária Anual) 2024, enviada ao Congresso pelo governo no final de agosto, o orçamento das pastas ligadas ao setor mais do que dobram. A previsão para o Ministério dos Transportes é de R$ 57,41 bilhões, ante aos R$ 24,48 da LOA no ano passado. Já o Ministério de Portos e Aeroportos teve sua despesa elevada para R$ 5,42 bilhões em 2024, percentual que chega a ser 10,2% superior ao montante de 2023.
O Boletim, cita, no entanto, ressalvas em relação ao orçamento, analisando que esse maior volume de recursos se concentra em Reserva de Contingência, uma dotação global sem destinação específica, cujos recursos são utilizados para abertura de créditos adicionais, atendimento de emendas parlamentares, passivos contingentes e eventos fiscais não previstos.
No que tange aos recursos específicos para investimentos em infraestrutura de transporte, o cenário otimista também muda. No efeito líquido para o setor há uma queda de 4,5% no montante previsto para o ano que vem, quando comparado com a LOA de 2023 (R$ 17,37 bilhões, em 2023, e R$ 16,59 bilhões, no PLOA 2024).
Além de pontuar o panorama econômico atual do Brasil, o Boletim reúne informações importantes para o transporte com relação aos demais indicadores e seus impactos no setor. É o caso da inflação do setor em julho que voltou a se elevar. O índice geral de preços, medido pelo IPCA, aumentou 0,12%.
O efeito não recaiu sobre o preço do diesel, que apresentou redução, com queda de 31,55% em 12 meses até julho, embora o custo dos combustíveis tenha se elevado em julho, puxado pela gasolina.
Outro registro de perda ocorreu no volume de serviços de transportes, com queda de 0,3% em junho, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços). Já o mercado de trabalho no transporte evoluiu, registrando saldo positivo no acumulado deste ano até julho. Foram 68,9 mil postos de trabalho no acumulado dos sete primeiros meses de 2023.
Confira o Boletim de Conjuntura Econômica – Setembro 2023