Petróleo tem a maior queda desde 2009 nos EUA

Publicado em
11 de Dezembro de 2015
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Estoques altos e índices baixos de consumo não oferecem muita perspectiva de retomada do preço do barril, enquanto OPEC declara assumir política de “ver o que acontece”

Cleci Leão

Com a queda no preço do petróleo praticado nos Estados Unidos, que já segue abaixo de US$ 38 por barril, aliada à recusa dos produtores em divulgar ações para redução da oferta, os distribuidores não têm muitas esperanças de recuperar os patamares que consideram o valor da commodity em US$ 50, conforme contratos válidos até a segunda metade de 2017.

A situação que fez os preços despencarem não parece ser um fenômeno de curto prazo, no entanto. “A curva do mercado de futuros nos mostra que o mercado passa por uma superoferta, e assim vai permanecer por algum tempo”, comentou o negociador da commodity, Andy Hecht, à emissora CNBC. Hecht é também autor do livro How to Make Money with Commodities (Como Ganhar Dinheiro com Commodities).

A má notícia para o petróleo nos EUA deu-se na sexta-feira, quando a OPEC decidiu lidar com a situação com uma política de “ver o que acontece”, em vez de tomar atitudes diante da queda vertiginosa dos preços. A decisão não foi bem recebida pelos grandes negociadores, que talvez nutrissem esperança de que o cartel do petróleo estivesse prestes a mudar as suas regras, algo que deverá ser discutido apenas em junho de 2016.

“Resumindo, a meu ver, essa situação significa que vamos levar um bom tempo para conseguir trabalhar os excedentes, e os distribuidores não estão muito confiantes de que os preços vão ter aumento por algum tempo,” concordou Anthony Grisanti, um distribuidor da GRZ Energy, Nova York.

No Brasil a bolsa perdeu o fôlego na mesma tarde por influência do mercado de ações nos Estados Unidos, pressionado particularmente pela queda das ações de energia, com os preços do petróleo recuando para a mínima desde 2009. O Brent, referência global de petróleo, encerrou a segunda-feira (7) em queda de US$ 2,27, a US$ 40,73 por barril, após atingir a mínima de fevereiro de 2009 de US$ 40,60 por barril.

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